Corregedoria pede indiciamento do delegado Moacir Fermino
Policial comandou investigações no caso das crianças mortas em suposto ritual satânico
publicidade
Fermino foi pivô da investigação quando, em janeiro, disse ter recebido uma revelação divina, de um profeta de Deus acerca dos suspeitos. "Quando eu cheguei na delegacia, um deles me ligou, dizendo que tinha informações e que era para eu pegar um caderno para anotar".
Fermino apontou que as crianças teriam sido mortas no templo que fica no bairro Morungava, em Gravataí. Disse, na ocasião, ainda que durante o ritual, os participantes teriam tomado sangue das crianças - um menino, entre 8 e 10 anos, e uma menina, entre 10 e 12 – que ainda não foram identificados e as cabeças deles não foram localizadas.
Depois disso, o delegado titular - Rogério Baggio - reassumiu o caso, e numa reviravolta mandou soltar todos os presos, então suspeitos pelo crime. Descobriu-se que as testemunhas mentiram sobre o suposto bruxo e ritual. Fermino foi afastado em fevereiro e a Corregedoria assumiu a investigação sobre a conduta do delegado.