Nova Nissan Frontier é versátil e confiável

Nova Nissan Frontier é versátil e confiável

Picape tenta galgar espaços no mercado do Brasil e atingir vendas similares a de rivais como S10, Hilux e Ranger

Renato Rossi

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A picape Nissan Frontier foi lançada no Brasil em 1998 e sempre foi coadjuvante no mercado. Com níveis de vendas bem abaixo das rivais S10, Hilux ou Ranger. Mas disposta a mudar seu “destino”, a engenharia da Nissan evoluiu o modelo de maneira radical a partir de 2019. A picape, cedida pela Nissan do Brasil e testada em sete dias, na versão SE, sintetiza esta evolução nos fundamentos de um veiculo utilitário. 


Há agora maior rigidez torcional da plataforma, suspensões ainda mais confiáveis, volante com nova “pegada” e auxílio hidráulico, esterço preciso e ótimo raio de giro. Há melhora generalizada no habitáculo, que ficou mais ergonômico. Também está lá o convincente visual refinado, que não exclui uma certa “brutalidade”, visível na frente onde predomina a grade com bordas grossas em forma de colmeia e grupo ótico com quatro “canhões” quadrangulares de led. 

A caçamba é a mesma de versões anteriores, com acréscimo de lanternas também em led. Tanto os ruralistas como este novo público urbano adotam a picape. A dualidade no uso significa que este tipo de carro deixou de ser um número na cadeia de produção para virar veículo de status. Hoje o público feminino também se interessa por picapes grandes e as pesquisas de mercado mostram que mulheres se sentem mais protegidas quando dirigem uma caminhonete grande. 

A Frontier pesa 1.950 kg, que não transparecem na fácil e ágil dirigibilidade em rodovia e cidade. O teste não contemplou o fora de estrada. Esta agilidade da Frontier parte do uso de suspensão “multilink”, com molas helicoidais na traseira que substitui o menos refinado eixo de torção. O motor biturbo diesel com 190 hps, associado ao câmbio automático de sete velocidades também amplia a performance da Frontier. 

A picape tem diversos sistemas que visam a segurança ativa e passiva: seis airbags, freios a disco nas quatro rodas, radares anti colisão na dianteira e traseira, assistente eletrônico à subida e descida, assistente a linha reta, vários modos condução, incluindo os 4x2 e 4x4 com reduzida, para enfrentar a terra.

Os bancos ergonômicos propiciam conforto e suporte lombar excepcional. Os apoios para cabeça colados à nuca preservam a integridade da coluna em caso de colisão na traseira. No lado utilitário, a capacidade de carga é de 1.050 kg. A versatilidade define a Frontier.

42 anos de história

Last Edition: traje de gala na despedida do Gol

Foram 42 anos de mercado e o Volkswagen Gol viu sua produção terminar. Foi o maior sucesso de vendas da Volkswagen do Brasil. Carro prático com bom nível de dirigibilidade, por décadas foi o versátil “pau para toda obra”. Podia estar numa estrada de terra no “interiorzão”, como teve a bordo os “playboys” no “esportivado” GTI. Lançado em 1988, aquele foi o primeiro carro produzido no Brasil com injeção eletrônica de combustível, um salto tecnológico à época. Era dotado do forte motor AP com 120 hps que o público jovem valorizava.

O hatch que trabalhava durante a semana, mas que no final de semana ainda tinha ânimo para levar a família ao litoral à serra. E cabiam quatro com relativo conforto no habitáculo do Gol. O sucesso está nos números de produção e vendas. Em quatro décadas, mais de 9 milhões de Gol foram produzidos e mais de 7 milhões ficaram com consumidores brasileiros. 

Numa sexta-feira, 23 de dezembro de 2022, houve choro e lamentações ao lado da linha de montagem da fábrica de Taubaté. De dentro do maquinário saía o último Gol, que não é o “promocional” Last Edition, mas a versão 1.0 mpi convencional. 

Já o Last Edition é a justa homenagem da Volkswagen a seu querido guerreiro brasileiro. Como se fosse para uma “parada da vitória”, o modelo especial tem 1.000 unidades para comercialização na Rede Volkswagen e alta demanda. Restam poucos carros à venda, com grande ágio sobre o preço definido pela montadora de R$ 95.990. Em revenda de São Paulo, o Last Edition foi comercializado a R$ 154 mil. 

Isto mostra a tremenda carga emocional relacionada ao Gol. A edição final tem motor tricilíndrico 1.0 com 84 hps e 10.4 kgfm de torque. No exterior ganhou pintura vermelha “Sunset”, com detalhes em preto brilhante na grade dianteira. Os faróis contam com mascara negra. 

Há capricho no interior, onde se destacam os bancos que combinam tecido cinza e preto, com detalhes em vermelho. É equipado com central multimídia Composition Touch, computador de bordo, espelhos laterais elétricos, ar condicionado entre outros itens. Mas acima do valor material, o Gol insere grandes historias de vida da batalhadora classe média brasileira.


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