Novo Prius enfim opta pela beleza em seu design

Novo Prius enfim opta pela beleza em seu design

Modelo híbrido adota linhas futuristas que lembram nave espacial para uma nova geração concorrer com os impressionantes Tesla

Renato Rossi

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A exemplo do “Cybertruck” da Tesla, a picape que mais parece uma nave espacial de um planeta com maus designers, o Prius lançado no mundo em 1997, como o primeiro carro híbrido, sempre padeceu de um design bonito e futurista. A falta de beleza deixou uma marca de “pato feio” no mercado, mas eficiente na dirigibilidade e economia de combustível, com seus 19 km/l. Em 1997 carros, muitos carros faziam em media 6 ou 7 por litro. 

Os carros híbridos não são mais novidade. E tem dada para serem extintos. Em 2035, motores a combustão não caberão mais nas leis ambientais que direcionam o mundo ao carro elétrico. Mas os elétricos custam 10 mil dólares a mais, em média. O Prius de quinta geração acaba de ser lançado e faz 30 km/l de combustível. Este novo Prius impressiona pela beleza de design e pela tecnologia super avançada. Mas o ponto essencial, que a imprensa mundial realça, é mesmo a beleza do design. Esta inicia pela frente em forma de “cunha”, com função aerodinâmica como no modelo anterior. Mas os ângulos agudos trocados por sinuosidades sensuais. Com os jovens relutantes em comprar qualquer carro e interessados num futuro elétrico, o marketing da Toyota influenciou os designers que desenharam um carro ecológico na economia e nível de emissões, mas arrebatador no estilo, que é francamente esportivo no seu visual.

A Toyota ampliou a performance e dotou o novo Prius de motor 2.0 com potências entre 194 hps e 220 hps. Junto ao motor elétrico instalado no eixo traseiro, o Prius faz de 0 a 120 km/h em 7,2 segundos. É tempo de carro esportivo e muito inferior aos mais de 12 segundos entre 0 e 120 do antigo Prius. 
O Pack ou conjunto de baterias é colocado debaixo do banco traseiro e seu peso foi reduzido o que amplia a autonomia elétrica. Usando apenas as baterias, o Toyota faz agora 60 quilômetros, o que permite uma utilização maior no modo elétrico com maior economia de combustível. 

A Toyota disponibiliza tração 4x2 ou 4x4, de acordo com a versão. As versões “básicas” são a LE, XLE e Limited. E as versões sofisticadas são a SE, XSE. Nas versões Premium, há o acabamento interno em couro, com detalhes no painel em fibra de carbono. A tela é de 12.3 polegadas no painel e como opcional o painel solar que recarrega as baterias com o carro desligado. 

Há ainda o espelho retrovisor digital com câmera e o “assistente de circulação” para uso urbano, que é uma espécie de direção autônoma. O novo Prius fica ainda mais próximo de um elétrico puro na tecnologia. E a Toyota promete ter uma completa linha elétrica até o ano de 2030. 

LEGADO DAS PISTAS

Senna e tecnologia na Capital

“Eu, Ayrton Senna da Silva”, sim ele Ayrton Senna está em Porto Alegre. Mais precisamente, seu legado. A exposição com o nome do mítico piloto de Fórmula 1 vai até 5 de março com uma atmosfera de conversa com o brasileiro tricampeão mundial. O passeio no Barra Shopping Sul, une a narrativa intimista com muita tecnologia, numa experiência imersiva.

“Há uma preocupação de como passar essa história e os valores do Senna. Queremos mostrar sem exagerar na exposição, de uma forma que as pessoas se sintam parte", explica a curadora do evento, Paola Santilli.

A trajetória de vitórias e títulos do brasileiro esteve sempre ligada à tecnologia automotiva, inclusive gerando conflitos por cortes de gastos numa F-1 muito esbanjadora. Senna correu com motores turbo e aspirados, V6, V8, V10 e o monstro V12 da Honda. A maior parte das vitórias veio com os japoneses, mas muitas pole-positions vieram com os poderosos Renault e os turbo Garret que duravam uma volta antes de derreterem. 

A construção do carro de corrida também passava por uma revolução de segurança. A McLaren havia estreado em 1981, com o projetista John Barnard, o chassis de fibra de carbono, com sua célula de sobrevivência. Foi o maior acréscimo de segurança desde os capacetes fechados e os cintos de seis pontos. Seria a grande proteção dos pilotos até o fatídico 1994. Com sua ampla rigidez torsional, também gerava uma nova fase na pilotagem da F-1. Os carros ficaram mais precisos, sensíveis à troca de direção, estavam prontos para um piloto perfeccionista e agressivo como o jovem Senna. Vieram pódios em 1984, vitórias com a Lotus de 1985 a 1987 e, enfim títulos na McLaren (88, 90 e 91). 

A morte trágica em Ímola impulsionou novo salto na segurança. Estruturas deformáveis para absorver impactos, proteções para a cabeça e coluna cervical. O esporte ficou menos mortal e muito foi para os super esportivos e, depois para as ruas.

 


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