Esperança em dias melhores e custo da política

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Esperança em dias melhores

Em resposta ao artigo publicado no Correio do Povo de 28/12/2023 pelo presidente da Federação Israelita do RS, senhor Márcio Chachamovich, gostaria que as pessoas se aprofundassem mais no estudo das marcas profundas que há décadas o Estado de Israel vem deixando no povo árabe que habita a Palestina, os palestinos. Gostaria que as pessoas entendessem que o conflito não começou no covarde ataque dos terroristas do Hamas, condenável sob todos os aspectos, aos cidadãos israelenses, em 7.10.2023. Gostaria que as pessoas, a comunidade internacional, tivessem olhos não unicamente para as mais de 1.200 vítimas israelenses do covarde ataque do grupo terrorista Hamas mas, também, para as mais de 20 mil vidas de civis palestinos, mulheres e crianças, ceifadas pela represália israelense e para a existência de um povo árabe que habita a Palestina e que, há décadas, sofre os flagelos impostos pelo Estado de Israel. Gostaria que as pessoas olhassem para a situação da Cisjordânia, ocupada cada vez mais pelo Estado de Israel, e em que condições se dá essa ocupação. Gostaria que, além de manifestarmos, como comunidade internacional, o pesar pelas mais de 1.200 vítimas israelenses no ataque terrorista do Hamas, nos sensibilizássemos, também, para a situação do povo árabe, os palestinos, na Cisjordânia ocupada cada vez mais por um Estado cujo representante da comunidade no Rio Grande do Sul diz almejar a coexistência segura e digna de dois Estados. A expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia não demonstra essa boa vontade pela solução, única plausível, de dois Estados independentes, em segurança e vivendo dignamente. Gostaria, por fim, que a existência de um povo árabe, seres humanos que habitam a Palestina, não fosse ignorada pelo Estado de Israel e seus representantes, até mesmo em memória ao passado de sofrimentos do próprio povo judeu através dos tempos.
Luiz Antonio dos Santos, via e-mail

Custo da política

Infelizmente o financiamento público dos partidos políticos através do Fundo Partidário e das campanhas e dos fundos eleitorais definidos a cada eleição pelo Congresso, adotado como o antídoto à corrupção que permeava o financiamento privado que, em contrapartida, recebia recursos públicos na forma de obras superfaturadas e/ou desvio puro e simples em favor dos "benfeitores”, por obra da ganância insaciável de partidos, deputados e senadores, revelou-se mais oneroso à sociedade. O aumento do valor do Fundo Eleitoral aprovado no apagar das luzes do ano legislativo para custear o pleito em 2024, é um deboche com os contribuintes. Ainda há tempo para que cidadãos e cidadãs, independentemente de partido ou ideologia, se unam para barrar esta indecência institucionalizada. Outrossim, a mesma mobilização vale para os salários e privilégios autoconcedidos por outros poderes e instituições de Estado que abusam de sua autonomia financeira.
José Carlos Morsch – Porto Alegre, via e-mail


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