A educação inserida no PIB

A educação inserida no PIB

No momento de novo debate sobre a renovação das diretrizes e objetivos do PNE, há que se dar prioridade para que o orçamento dos entes federados contemple iniciativas e ações de melhoria do aprendizado no espaço escolar.

Correio do Povo

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Quando se fala de economia, temos o Brasil como uma das maiores potências econômicas do planeta, inclusive com o seu retorno, em 2023, à lista seleta dos dez países mais ricos do mundo em 2023, com um Produto Interno Bruto (PIB) de 2,13 trilhões de dólares, superando nações tradicionais como Canadá e Rússia. Todavia, não se pode dizer o mesmo quando o assunto é educação, pois, nos mais recentes levantamentos da Organização das Nações Unidas (ONU), o país figura em colocações nada honrosas, sempre oscilando em torno da 80ª posição, com leves variações para mais ou para menos. Um dos problemas para que se melhore tal performance está ligado ao volume de investimentos, uma vez que, embora o Plano Nacional de Educação (PNE), com suas duas dezenas de metas para serem cumpridas no decênio 2014/2024, tenha estabelecido em sua meta 20 o avanço gradual até chegar a 10% do PIB aplicado no setor, o percentual continua em torno dos mesmos 5% da época de sua criação. Esse, inclusive, foi um reparo feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apontou a gestão brasileira com o menor índice de aporte entre seus países-membros na relação com o indicador da produtividade nacional.

No momento em que se volta a debater sobre a renovação das diretrizes e objetivos do PNE, há que se dar prioridade para que as ações e iniciativas estejam contempladas no orçamento dos entes federados a fim de que se melhore a estrutura das escolas, a remuneração dos professores, haja o necessário combate ao analfabetismo e a universalização do ensino infantil, entre outras medidas. É sabido e consabido que a melhoria no panorama educacional está diretamente relacionada à elevação da qualidade de vida da população e aí entra outro ranking no qual precisamos encontrar um melhor desempenho, o que mede o índice de desenvolvimento humano (IDH), também da ONU. Somente assim, com efetividade de aprendizado, poderemos ter uma economia que embase uma condição de bem-estar social para todos.


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