A importância do trabalho prisional

O trabalho desempenha sobremaneira um papel importante no senso de identidade e bem-estar psicológico de uma pessoa, sendo a característica central e definidora da vida da maioria dos indivíduos. Realizado pelas pessoas que cumprem suas penas e estão privadas da liberdade, o trabalho também é uma ação de responsabilidade social, pois contribui para a ressocialização e redução da pena, já que conforme a Lei de Execução Penal a cada três dias de trabalho, é descontado um dia da pena a cumprir. A produção do próprio sustento é uma das etapas importantes que possibilita a reintegração na sociedade e ao mercado de trabalho formal.

A Polícia Penal divulgou recentemente que 12.211 pessoas presas no Rio Grande do Sul realizam atividade laboral, das quais 11.396 são homens e 815 são mulheres. O número de trabalhadores é significativo e, conforme a instituição, a mão de obra é empregada, por exemplo, na readequação da sede da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS). Os detentos também trabalharam em obras no Centro Administrativo do Estado Fernando Ferrari. Em janeiro, quatro apenados começaram a trabalhar nas obras de reforma do Instituto de Educação General Flores da Cunha. Durante o ano passado, dois apenados do Instituto Penal Irmão Miguel Dario (regime semiaberto), na Capital, trabalharam nas obras de adequação do piso da Secretaria de Desenvolvimento Rural, no Centro Administrativo. Outro detento que cumpre pena no regime fechado, enquanto aguarda a progressão para o semiaberto, trabalhou em vários setores no estabelecimento prisional para reduzir a pena como na cozinha, na manutenção, no pátio e no ateliê costurando máscaras e em outros trabalhos com costura.

Para o titular da Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo, Cesar Kurtz, o trabalho prisional, além de aumentar as chances de reabilitação, também promove o resgate da autoestima e representa uma relevante contribuição para o Estado por meio dessas reformas.