Alimentos para todos é a meta

Alimentos para todos é a meta

As causas da insegurança alimentar são variadas e vão desde baixos rendimentos até tragédias climáticas. Também não se pode esquecer o desperdício de alimentos, um fato bastante frequente no país.

Correio do Povo

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A democracia se faz com muitos deveres e direitos, sempre com foco na população, que deve ser a prioridade dos governantes e dos legisladores. É dessa forma que se poderá atingir um estágio mínimo de bem-estar, capaz de proporcionar aos mais necessitados uma vida com maior dignidade. Tal patamar engloba acesso a serviços básicos, como saúde, educação, saneamento, emprego, inclusão, entre outros. E entre esses outros se encontra um direito fundamental, o de ter uma alimentação de boa qualidade. Prover esse item básico deve ser um compromisso do poder público nas suas três esferas, federal, estadual e municipal. O exemplo a ser seguido pode ser encontrado na sociedade civil, que, não raro, com o trabalho voluntário de milhares de abnegados por todo o país, contribui para amenizar este problema de monta e que vulnerabiliza nosso tecido social no cotidiano, fazendo com que grande parcela dos brasileiros seja submetida a condições degradantes.

Felizmente, diante de adversidades como essa, a coletividade se organiza e apresenta suas demandas visando a equacionar disparidades socioeconômicas. Nesta quinta-feira, houve o encerramento da 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Uma das medidas pleiteadas no manifesto final é a retomada da implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). O texto também pede a reversão de um quadro que se agravou entre 2016 e 2022, com o aumento da pobreza, da fome e da má nutrição, além de ser subsídio para iniciativas que amenizem a situação das famílias, como a queda no preço da cesta básica.

As causas da insegurança alimentar são variadas e vão desde baixos rendimentos até tragédias climáticas. Também não se pode esquecer o desperdício de alimentos, um fato bastante frequente no país. Urge criar condições para reverter uma realidade em que milhões de pessoas não têm aquilo que é mais vital para enfrentar o seu dia a dia, uma refeição nutritiva e saudável.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895