Cuidados para uma política habitacional

Cuidados para uma política habitacional

O dado que mais chamou a atenção é o de que 18 municípios brasileiros, sete no Rio Grande do Sul, têm mais domicílios do que habitantes, ou seja, imóveis vazios, num país em que muita gente não tem onde morar.

Correio do Povo

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Dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) relativos ao Censo Democráfico 2022 revelaram que 18 cidades brasileiras têm mais domicílios do que habitantes. E sete desses municípios estão no Rio Grande do Sul: Arambaré, Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Cidreira, Imbé, Palmares do Sul e Xangri-Lá. O Censo registra que Porto Alegre tem 762.239 endereços. A grande maioria das unidades é de domicílios particulares que totalizam 686.846 endereços. Os domicílios particulares representam 90,1% dos endereços recenseados na Capital. As cidades gaúchas que tiveram maior concentração de residências em 2022 foram Porto Alegre, com 686.846, seguida de Caxias do Sul, com 220.286. Já o Estado tem mais de 6,4 milhões de coordenadas, sendo 82,4% (5.321.610) de endereços com a finalidade residencial, de domicílios particulares, 9,5% (611.965) endereços de estabelecimentos de outras finalidades.

Esses dados são muito importantes para o Cadastro Nacional de Endereços com Fins Estatísticos, a base de endereços usada pelo IBGE não só no Censo Demográfico, e também em outras pesquisas domiciliares como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD). Com essas coordenadas geográficas dos endereços permitem aos gestores, tanto do poder público quanto da iniciativa privada, formularem políticas baseadas em estatísticas precisas e atualizadas. Entre as potenciais aplicações desses dados está a análise da densidade de uma determinada espécie em um determinado recorte territorial. Em caso de fenômenos socioambientais, como enchentes, deslizamentos, queimadas e secas, o uso das coordenadas permite a localização e contabilização dos domicílios impactados.

O dado que mais chamou a atenção é o de que 18 municípios brasileiros têm mais domicílios do que habitantes, ou seja, imóveis vazios num país em que muita gente não tem onde morar. Nesse sentido, é sempre bom saudar o “Minha Casa, Minha Vida”, programa retomado há um ano.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895