Medidas contra o avanço da dengue

Medidas contra o avanço da dengue

A dengue tem potencial para atingir com risco de vida pessoas mais velhas e aquelas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. Urge ampliar a imunização e adotar medidas preventivas contra o mosquito transmissor.

Correio do Povo

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Na edição desta quarta-feira, o Correio do Povo deu um destaque especial para a questão do avanço da dengue no Estado e no país, procurando refletir a importância de a sociedade se incorporar ao esforço das autoridades para combater a doença e seu agente transmissor, o mosquito Aedes aegypti. De acordo com dados divulgados pela Secretaria da Saúde, no Rio Grande do Sul são 1.622 casos confirmados em janeiro de 2024 dentro do total de 217 mil em todo o território nacional. Isso representa um número 18 vezes maior que o de janeiro do ano passado, quando houve 54 mortes. Já são 466 municípios do Estado considerados infestados. Felizmente, ainda não foram constatados óbitos no primeiro mês do ano, mas a situação se desenha muito grave.

A enfermidade tem potencial para atingir com risco de vida pessoas mais velhas e aquelas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. Seus sintomas são febre alta, dor de cabeça intensa, dor atrás dos olhos, dores musculares e articulares, náusea e vômito, manchas avermelhadas no corpo, sendo que é preciso buscar tratamento com celeridade para evitar que se desenvolva a forma mais grave, conhecida como dengue hemorrágica. É muito importante que as comunidades participem da prevenção, evitando acumular lixo nas ruas, não deixando que haja volumes de água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas e caixas d’água, bem como adotando medidas que vedem a entrada dos mosquitos dentro das residências.

Em meio a esta realidade adversa, assume imensurável importância a disseminação da vacina, que começará a ser distribuída na segunda semana de fevereiro, mas ainda sem data para chegar ao Estado pelo SUS. Enquanto isso, as doses estarão disponíveis de forma onerosa em estabelecimentos privados. Espera-se que em breve a imunização esteja disponível para todos, contemplando desde crianças até idosos. Nesse ínterim, cabe manter os cuidados básicos para evitar a propagação dessa moléstia tão danosa.


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