No Novo Cangaço, o crime não compensa

No Novo Cangaço, o crime não compensa

As polícias civil, militar e rodoviária estão atentas, conectadas, agiram com celeridade e demonstraram não haver mais espaço para este tipo de roubo no Rio Grande do Sul. Que havia diminuído com o uso da tecnologia.

Correio do Povo

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O assalto com reféns contra a agência do Banrisul de Amaral Ferrador, não foi insólito, incomum, ou causou grandes surpresas como os assaltos praticados em 2020 em Criciúma (SC), quando as quadrilhas atacaram os postos policiais com efetivo reduzido e utilizaram cordões humanos para cercar as saídas das cidades, o chamado Novo Cangaço. Aqui eram quatro bandidos, estavam armados e usaram um cordão humano com reféns desavisados para se proteger durante a fuga. O EcoSport roubado em Pantano Grande, envolveu-se em uma capotagem, mas sem feridos graves. Houve tiroteio na fuga e os assaltantes se embrenharam em mata com densa vegetação. A Brigada Militar deslocou tropas do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo, o Batalhão de Aviação com dois helicópteros, o Batalhão de Choque e o Bope. A Polícia Civil mobilizou equipes do Departamento Estadual de Investigações Criminais e peritos do Instituto Geral de Perícias para colher provas e evidências. Também acionada, a PRF reforçou seu efetivo em barreiras. No segundo dia de investigações dois dos suspeitos foram presos, um dos quais no mato, na área do cerco montado pela BM. A mobilização e o uso da inteligência policial foram importantes para o desfecho nas 48 horas seguintes. A Polícia Civil identificou os quatro homens que atacaram o banco. Os fugitivos têm antecedentes criminais, mas não por roubo a banco.

O epílogo desta história de insucesso de um crime cometido no Interior viria a seguir. O terceiro criminoso foi preso à noite e o dinheiro, ainda no malote, foi localizado na casa de um dos parentes dos supostos bandidos na área rural de Encruzilhada do Sul. Já foram enviados à Justiça os pedidos de prisão preventiva, por conta da gravidade dos delitos. O crime foi definido como de gravidade concreta, uma vez que os criminosos roubaram uma agência bancária, mediante o uso de armas de grosso calibre, causaram temor inesquecível às populações de dois municípios e tentaram matar policiais militares.


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