O evento anual da volta às aulas

O evento anual da volta às aulas

O exercício da cidadania precisa ser mais bem exercido pela população. Neste sentido, as escolas podem contribuir para que os alunos aprendam como devem cumprir com seus deveres e reivindicar seus direitos.

Correio do Povo

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Nesta semana, as escolas voltaram a ser cenário de saudável algazarra e de convívio por parte das comunidades escolares. Com o retorno do ano letivo nas escolas municipais e na rede estadual, mais um ciclo de vivências está se iniciando. Desde crianças a adolescentes, todos podem participar desse imenso processo de renovação humanística no cotidiano. As escolas são um suporte importante para as famílias, não apenas pelos ensinamentos que transmitem aos seus filhos, mas porque são espaços em que eles confiam para deixá-los em segurança e sob uma vigilância apropriada.

Estudar é construir perspectivas para toda a vida. Os aprendizados e as amizades são marcas indeléveis que fazem parte da trajetória comum de todos nós. Os desafios também se renovam. Nos dias de hoje, é mister saber aliar a absorção de conteúdos com os apelos, nem sempre no mesmo sentido, advindos das novas tecnologias. Um exemplo é o celular que, para o bem ou para o mal, veio para ser um companheiro inseparável dos estudantes, obrigando os educadores a buscar formas de incorporá-lo ao processo da aprendizagem. Eles podem ser ferramentas importantes, como na busca de significado das palavras em textos e dicionários on-line. Igualmente é imprescindível melhorar a aplicação das políticas públicas, como no caso das metas do Plano Nacional de Educação, que visa garantir uma educação mais eficiente e inclusiva para todos.

Vivemos num país em que o exercício da cidadania precisa ser mais bem exercido pela população. Neste sentido, as escolas podem contribuir de maneira decisiva para que cada aluno ou aluna aprenda como deve cumprir com seus deveres e reivindicar seus direitos. Os prédios escolares, que costumam ficar no silêncio da pouca frequência durante as férias, agora estão de novo em meio à azáfama diária dos jovens que ainda têm muito para aprender, cumprindo um ciclo que se repete todos os anos no rumo do saber.


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DESDE 1º DE OUTUBRO 1895