O que fazer para enfrentar a dengue

O que fazer para enfrentar a dengue

Cabe aos poderes públicos e à população o combate da dengue e em diferentes papéis. As responsabilidades são divididas entre governo federal, estados e municípios. Mas também é importante uma comunicação direta.

Correio do Povo

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Nem bem acabou a pandemia da Covid-19 e o Brasil depara-se com uma nova preocupação na saúde. Os casos de dengue explodiram no Brasil. Somente em janeiro, houve um aumento de 270% do número de casos, na comparação com o mesmo mês de 2023, segundo dados do Ministério da Saúde. Dados atualizados do Ministério da Saúde mostram que o país já registrou que passou de 400 mil o número de infecções prováveis da doença este ano. Essa explosão do número de casos levou quatro estados e o Distrito Federal a decretar situação de emergência nas últimas semanas.

A doença é uma velha conhecida dos brasileiros, mas as estatísticas deste começo de ano mostram um comportamento diferente de 2023, quando o país registrou o maior número de notificações. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde alerta que o país pode chegar a 4 milhões de diagnósticos de dengue neste ano, o que seria um recorde uma vez que em 2023 foram 1,6 milhão.

Cabe aos poderes públicos e à população o combate da dengue e em diferentes papéis. Essas responsabilidades são divididas entre governo federal, estados e municípios. O Ministério da Saúde, por exemplo, tem uma série de atribuições no controle da doença, além da coordenação da nova campanha de vacinação. Os estados, por sua vez, são responsáveis pelo apoio técnico e logístico de quem está na ponta do controle da doença: os municípios. É comum que esses governos tenham órgãos para acompanhar a situação epidemiológica local. Em muitos casos, eles também organizam as redes laboratoriais, contribuindo para identificar infecções, casos graves e óbitos. Mas na prática são as prefeituras que contratam e treinam os agentes responsáveis por identificar e eliminar os criadouros do Aedes aegypti, por exemplo. Os municípios também preparam a rede de saúde para epidemias, notificam casos locais e se encarregam da comunicação direta com a população. Para isso podem e devem contribuir a mídia e todos os meios de comunicação disponíveis atualmente.


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