Oportuno reforço na campanha

Trata-se de uma boa notícia a informação de que o Ministério da Saúde, em meio ao preocupante aumento de casos de enfermidades, lançou nesta quinta-feira, a campanha nacional de combate a dengue, zika e chikungunya, três arboviroses que já vêm causando doenças graves e ceifando vidas no país. Com a mensagem "Brasil unido contra a dengue, zika e chikungunya”, o órgão está buscando criar uma articulação nacional com vistas a otimizar os resultados, apostando também na conscientização da coletividade, cuja adesão é decisiva para conter a disseminação de ocorrências.

Sem dúvida, estamos diante de uma atuação oportuna e necessária para minimizar danos. Até abril, os números indicam perto de um milhão de infectados pelos mosquitos transmissores e cerca de 350 óbitos nesse período. Foi registrado um incremento de 30% nos casos de dengue em relação ao mesmo período de 2022. Com relação à zika, o avanço foi de 289% e, no tocante à chikungunya, de 40%.

Tudo indica que a gravidade desse cenário de expansão dessas chagas requer uma perfeita sintonia entre sociedade e poder público nas três esferas, federal, estadual e municipal. Não obstante algumas das causas desse fenômenos estarem ligadas a variáveis como mudanças climáticas, a verdade é que muito do enfrentamento depende basicamente de medidas diligentes da população, como, por exemplo, fiscalizar para que não haja recipientes com água parada em suas residências ou no seu entorno.

Esta é uma batalha que não será vencida sem que haja uma estreita colaboração de todos. Ainda que muitos ajam de forma indiferente aos apelos da maioria, eles não estão livres de serem vítimas da patologia ou de terem parentes atingidos por ela, com risco de efetiva letalidade.

O Brasil, apesar de assolado por uma série de problemas socioeconômicos, tem um Sistema Único de Saúde (SUS) de reconhecido valor. Suas recomendações devem ser levadas a sério para o bem de todos.