Uma data de luta por muitos direitos

Uma data de luta por muitos direitos

É preciso lembrar que a violência doméstica está sempre a pairar sobre os lares brasileiros e que é necessário criar ferramentas ágeis para enfrentar esse tipo de crime, que costuma ter o autor no entorno familiar da vítima.

Correio do Povo

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Neste 8 de março, temos uma oportunidade ímpar para refletir sobre a trajetória de lutas e de conquistas das mulheres, que já tiveram muitos de seus objetivos alcançados, mas que sabem que ainda resta uma enorme gama de batalhas a serem travadas. Não é por acaso que este dia foi escolhido. Sua origem vem de longe, mais precisamente de 1910. Foi uma iniciativa da feminista alemã Clara Zetkin durante a II Conferência Internacional das Mulheres em Copenhague, na Dinamarca, Ela propôs que as trabalhadoras de todo o mundo organizassem um dia especial das mulheres. O primeiro objetivo estava voltado para promover o direito ao voto feminino. A reivindicação era corrente em movimentos femininos de outros países, como Estados Unidos e Reino Unido. A data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975.

Atualmente, no país e em outras nações, as mulheres, apesar dos avanços, continuam a enfrentar adversidades que demandam políticas públicas eficientes e participação da sociedade civil no sentido de aumentar o escopo protetivo e a implementação de políticas que combatam as desigualdades, principalmente no mercado laboral. É preciso lembrar que a violência doméstica está sempre a pairar sobre os lares brasileiros e que é necessário criar ferramentas ágeis para enfrentar esse tipo de crime, que costuma ter sua causa no entorno familiar da vítima. Igualmente, faz-se importante incorporar pautas das mulheres nos fóruns decisivos, como o Congresso Nacional, a começar pela questão das creches e da moradia digna para sua família, assim como o direito ao trabalho com renda compatível com suas necessidades.

Cabe insistir na questão do incremento fundamental da participação da mulher na vida pública. Não obstante sua presença massiva em muitas áreas, há sub-representação no parlamento e nas esferas do Poder Executivo. Essas cidadãs, que já prestam relevantes serviços ao país no cotidiano, têm de estar em lugares onde possam contribuir ainda mais com o desenvolvimento nacional.


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