Hora de aumentar os estoques de sangue

Com a proximidade do final do ano, uma preocupação extra surge para os gestores das unidades hospitalares, bem como para aqueles que são responsáveis por manter estáveis os estoques dessa substância que salva vidas. Trata-se da doação de sangue, um item insubstituível e precioso para que pessoas que tenham sofrido acidentes graves, por exemplo, possam ser operadas e sobreviver. Além disso, o sangue também é importante reposição em sangramentos gastrintestinais e partos nos quais haja grandes perdas sanguíneas. Da mesma forma, os pacientes com câncer também costumam demandar tais transfusões.

Em Porto Alegre, por exemplo, matéria do jornalista Felipe Faleiro, na edição do Correio do Povo desta terça-feira, mostra que os níveis estocados estão muito baixos, faltando todos os tipos de sangue, notadamente O positivo, O negativo e AB. Isso ocorre em muitos hospitais da Capital, como o Hospital de Pronto Socorro (HPS), Hospital São Lucas da PUCRS, Hospital Divina, Hospital Moinhos de Vento, Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), entre outros. Não é difícil inferir que essa realidade adversa deve se repetir pelo interior do Estado, fazendo com que, em cada município, se intensifiquem as medidas de coleta.

Para doar sangue, há alguns requisitos, como estar bem de saúde, não estar em jejum, não haver ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores, pesar acima de 50 kg, ter entre 16 e 69 anos, entre outros itens. Nunca é demais lembrar que ser doador de sangue é ato de generosidade com um semelhante. Além disso, beneficia quem doa porque ele tem acesso a um exame não oneroso do seu sangue, podendo prevenir doenças. Pode-se dizer que é um jogo de ganha-ganha, pois todos são beneficiados por essa simples atitude de empatia, que revive a esperança no ser humano e na sua capacidade de ter um convívio fraterno e solidário com os que vivem no seu entorno.