Mais controle sobre os vapes

Mais controle sobre os vapes

O problema da disseminação dos cigarros eletrônicos, os vapes, se constitui em uma questão bastante desafiadora. Já está comprovado que seus efeitos sobre a integridade física são extremamente prejudiciais.

Correio do Povo

publicidade

O problema da disseminação dos cigarros eletrônicos vem se constituindo numa questão que desafia as autoridades e a sociedade. Seu emprego vem sendo cada vez mais frequente entre os jovens, com os números indicando que já são cerca de 2,2 milhões de usuários. Muito colabora para tanto a ofensiva da indústria tabagista, que, de acordo com pesquisas recentes, está perdendo cerca de nove milhões de fumantes por ano. Para esse segmento, os conhecidos vapes constituem a chance de recuperar um mercado que lhe vem ficando cada vez mais restritivo, seja porque fumar ficou fora de moda, seja porque as pessoas estão cada vez mais conscientes sobre os riscos desse hábito danoso. É por isso que fazem campanhas de desinformação na qual tentam incutir na coletividade a ideia de que esses dispositivos são menos prejudiciais à saúde, o que, de acordo com profissionais que labutam na área da saúde, não corresponde à realidade.

Conforme manifestação da Associação Médica Brasileira (AMB), a falácia da menor onerosidade não se sustenta. A entidade ressalta em nota que cada unidade do cigarro eletrônico no formato de pen drive apresenta 0,7 mililitro (ml) de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, algo semelhante ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais. Isso permite concluir que vaporizar tal dispositivo equivale a fumar um maço de 20 cigarros.

Para aferir o que pensa a coletividade sobre o tema, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) abriu uma consulta pública sobre a continuidade ou não da proibição dos cigarros eletrônicos, bem como acerca de sua eventual regulamentação. Cabe assinalar que já está comprovado que seus efeitos sobre a integridade física são extremamente prejudiciais. Essa é uma forma efetiva de sinalizar aos legisladores e aos governantes que o uso de um item que mina o bem-estar de quem o usa não pode ser ratificado nem permitido.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895