Palco privatizado, desalentados, parque Marinha e perda do caminho
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Palco privatizado
Saudades do ex-prefeito compositor, músico e poeta. No seu tempo, havia uma ebulição cultural na capital. Lembro o projeto Nós da Noite, que proporcionava para os músicos e cantores um palco despojado, mas importante para aqueles artistas. Além deste projeto, eram frequentes as apresentações gratuitas de músicos e atores locais, bancados pelo poder público. Hoje, os espetáculos são protagonizados por artistas do centro do país, apresentados em palcos privados e com preço de ingressos inacessíveis para o povo. O único grande palco que a prefeitura possuía foi privatizado e se tornou inacessível aos artistas locais, completamente abandonados. Antes, o aniversário da cidade era comemorado com uma movimentada Semana de Porto Alegre, com a apresentação de vários espetáculos artísticos.
Sérgio Becker, Porto Alegre, via e-mail
Desalentados
Temos, nos últimos tempos, ouvido frequentemente a palavra desalentados para designar jovens que, por motivos diversos, não trabalham nem estudam, dedicando-se, muitas vezes involuntariamente, ao ócio. Em suma, não fazem nada. É usada também para designar desempregados que, cansados de buscar emprego, simplesmente desistiram. Quero agora falar de um terceiro grupo, talvez até maior que os anteriores. São os desalentados políticos, aqueles que não encontram em quem votar com entusiasmo. Elegeram Bolsonaro para tirar o PT e depois votaram no Lula para tirar o Bolsonaro. Agora, caminham para o desalento, pois não há ninguém que os entusiasme e faça com que voltem a votar com esperança de melhorar e não simplesmente para cumprir uma rotina desalentadora.
Décio Antônio Damin, Porto Alegre, via e-mail
Parque Marinha
Perfeitas as colocações feitas pelo Sr. Luiz Sperotto Teixeira (CP, 27/3) sobre o piso nos passeios do Parque. Parabéns à prefeitura, que conseguiu estragar o piso do parque com a colocação de britas, que dificultam a prática de atividades físicas.
Aurélio Amorim Neto, Porto Alegre, via e-mail
Perda do caminho
A fragmentação pós-moderna não leva em conta a tradição e a cultura que foram formadas através do processo civilizatório. A revolução cultural passa por cima da ética, da moral, da virtude e dos valores da família. E, assim, estamos caminhando rumo à idiotização. É preciso lutar contra a mediocridade.
José Nestor Klein, Porto Alegre, via e-mail