Taylor Swift lança "1989 (Taylor's Version)"; entenda as mudanças na gravação

Taylor Swift lança "1989 (Taylor's Version)"; entenda as mudanças na gravação

Além da tracklist original, nova versão do álbum inclui cinco canções inéditas

Correio do Povo

"1989", originalmente lançado em 2014, é o quarto álbum regravado pela cantora-compositora

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A era Taylor's Version ganha mais um ato nessa sexta-feira (27) com a regravação do álbum "1989", um dos discos mais aclamados da carreira da cantora-compositora, exatamente nove anos após o lançamento original.

Considerado o álbum que marca a completa transição da loirinha para a sonoridade pop, "1989" rendeu à cantora o Grammy de Álbum do Ano em 2014; além de melhor álbum de pop vocal e melhor vídeo para a faixa "Bad Blood".

O anúncio de "1989 (Taylor's Version)" foi feito em agosto, no último show da The Eras Tour em Los Angeles. Nas redes sociais, Taylor chegou a afirmar que essa foi a sua regravação favorita e que a nova versão, assim como as anteriores de Fearless, Red e Speak Now, vai trazer novas canções inéditas que haviam sido descartadas no processo criativo. 

Além das 16 faixas originais, ""Slut!"", "Say Don't Go", "Now That We Don't Talk", "Suburban Legends" e "Is It Over Now?" foram incluidas na sessão From The Vault. 

Mas, afinal, o que muda na regravação?

O questionamento mais comum feito entre os swifties e ouvintes casuais da lorinha.  A resposta? É controversa!

Ainda que a cantora-compositora esteja reproduzindo as canções baseada inteiramente nos arranjos e melodias do lançamento original, a produção é extremamente reformulada e os vocais — agora mais maduros de Taylor — fazem toda a diferença para experiência sonora.

Nessa nova versão, o destaque fica com o carregado uso de camadas de sintetizadores que parecem ter sido tirados diretamente da década de 1980.

Além disso, as vocalizações de Taylor parecem estar mais presentes; como se estivessem à frente de toda a parede de som que fundamentada o tom da produção potente do álbum.

"Style", por exemplo, retira o peso das guitarras com efeitos da original para, agora, se revelar como um grande hit de synthpop oitentista. A produção assinada é por Christopher Rowe.

Já "Out of the Woods", que se mostra como uma das mais impactantes, a produção de Jack Antonoff leva a música para um patamar de epicidade. Aqui, a bateria em loop, os sintetizadores e o vocais são mais intensos, e destacam ainda mais essa que é considerada umas das melhores músicas e composições da Taylor.

Potencializando as nuances de dreampop na produção de "This Love", a voz madura e ligeiramente rouca de Taylor faz a canção se tornar mais visceral e emocional.

"1989 (Taylor's Version)" se mostra como uma das mais bem sucedidas regravações de Taylor Swift. Nessa versão, o que há de melhor do lançamento original parece ser otimizado e, principalmente, atualizado para os ouvidos de 2023 — tudo isso sem perder a típica vibração e nostalgia de um longínquo 2014.

Por que Taylor Swift está regravando álbuns?

Se você está se perguntando se tem sentido ouvir a mesma pessoa cantar e tocar tudo do mesmo jeito como já nas conhecidas canções, a resposta é sim! A estratégia de Taylor Swift é copiar a si mesma, como se fosse uma espécie de auto cover. 

As regravações ocorrem porque os direitos dos primeiros álbuns de estúdio de Taylor são de propriedade da sua antiga gravadora Big Machine Records. O contrato, que foi assinado quando a cantora-compositora tinha apenas 14 anos, continha cláusulas um tanto quanto desfavoráveis para ela — no documento, indicava que a propriedade sobre as masters ficariam com a gravadora, enquanto Taylor possuiria os direitos autorais das suas canções.

Com o término do contrato em 2018, após o lançamento de seis álbuns, Taylor tentou comprar o direito sobre as masters. Entretanto, a gravadora condicionou a venda com inúmeras exigências, as quais ela recusou.

Em 2019, a Big Machine foi comprada por Scooter Braun que, um anos depois, revendeu o catálogo de Taylor Swift para a empresa Shamrock. A artista tentou comprar as músicas "de volta", mas não aceitou as condições oferecidas pelo empresário.

Uma cláusula do antigo acordo com a gravadora deu a brecha para o projeto Taylor's Version: a partir do fim de 2020, ela ganhou o direito de regravar as composições registradas nos cinco primeiros álbuns. Com as novas gravações, ela recupera o controle total sobre sua obra, sendo autora e dona do novo registro em áudio. 


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