"Super-Zuber", o herói suíço que virou vilão do Brasil
Jogador marcou gol que impediu vitória brasileira na estreia da Copa do Mundo
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Antes do gol que o colocou em evidência mundial, Zuber teve uma evolução discreta ao longo da carreira, que começou nas categorias de base do Grasshoppers, de Zurique. Foi neste clube que Zuber chegou se profissionalizou em 2013, antes de viajar à Rússia para jogar pelo CSKA de Moscou, onde marcou apenas um gol em 40 jogos (2013-2014), mesma quantidade que em 90 minutos em campo em Rostov. Em seguida, evoluiu junto com o modesto Hoffenheim, classificado esta temporada pela primeira vez para a Liga dos Campeões, depois de ter fracassado em garantir uma vaga na fase de grupos da competição continental no ano passado, quando foi superado na fase preliminar pelo Liverpool.
Na Alemanha, o atacante de 26 anos não é titular indiscutível, mas disputou 73 jogos em três temporadas e anotou 7 gols. O mesmo ocorre com a seleção suíça, na qual também não tem vaga assegurada na equipe. Mas, para enfrentar o Brasil, Zuber ganhou uma oportunidade do técnico Vladimir Petkovic, que preferiu sua capacidade de recomposição defensiva à velocidade da jovem promessa Breel Embolo.
Dois gols e quatro assistências
Durante a partida, a Suíça precisou acalmar os nervos depois de Philippe Coutinho abrir o placar com um golaço. E Zuber, com sua experiência, foi fundamental para recolocar os helvéticos no jogo, anotando de cabeça. Zuber sabe que não é um craque de bola e a que a Suíça não é uma equipe dos sonhos, mas é um time muito bem trabalhado e que se doa em campo, como foi possível ver contra os brasileiros, que sofrerem com a forte marcação.
Resumindo, é uma seleção equilibrada, com muita entrega e esforço, e que só perdeu uma de suas últimas 22 partidas seguindo essa receita, contra Portugal de Cristiano Ronaldo (2-0) nas eliminatórias. Mas Zuber também ajuda a equipe com seu talento, tendo participado de seis gols nas últimas seis convocações, balançando as redes duas vezes e dando quatro assistências. E esse último gol tem significado especial. Além de valer um ponto na briga pela classificação às oitavas de final pelo Grupo E da Copa do Mundo, também impediu com que o Brasil estreasse com vitória no Mundial pela primeira vez desde 1978 (1-1 com a Suécia). "Depois do gol, realmente não conseguimos assustá-los mais. Gostaríamos de ter vencido", declarou Zuber ao fim da partida.