Trecho da ciclovia da avenida Ipiranga, em Porto Alegre, é reaberto

Trecho da ciclovia da avenida Ipiranga, em Porto Alegre, é reaberto

Protocolo do município prevê o fechamento da ciclovia sempre que um alerta for emitido

Cristiano Abreu

EPTC realiza blitz educativa para ciclistas após a reabertura de trecho da ciclovia da avenida Ipiranga

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Para marcar a reabertura do trecho de dois quilômetros da ciclovia da avenida Ipiranga, entre as avenidas Edvaldo Pereira Paiva e João Pessoa, agentes da Escola Pública de Mobilidade de Porto Alegre, coordenada pela EPTC, realizaram uma ação educativa com ciclistas nesta manhã. Além de orientar pedestres e ciclistas sobre segurança no trânsito, quem passou pelo local recebeu informações sobre a utilização do espaço de circulação.

A partir dos desmoronamentos verificados durante o ano passado, e que interditaram deferentes trechos da ciclovia, novas diretrizes foram criadas para a utilização segura do modal de transporte ao longo da Ipiranga. Presente na ação, o secretário de Mobilidade Urbana, Adão de Castro Júnior, detalhou o protocolo criado pelo município. Ele prevê o fechamento da ciclovia sempre que um alerta climático for emitido pela Defesa Civil. Nestes casos, o trecho será novamente fechado com gradis por equipes da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), sendo reaberto 24 horas após o fim do alerta.

O secretário também falou sobre os estudos técnicos realizados para avaliar as condições estruturais da rota, com nove quilômetros de extensão, que precisa de reparos para minimizar a chance de novos deslizamentos. “Duas empresas foram contratadas e estão realizando testes e análises geotécnicas. À medida que os levantamentos forem apresentados, teremos os projetos de recuperação, e aí a gente terá condições de liberar novos trechos”, afirmou Adão de Castro.

“São medidas para a preservação da vida do próprio ciclista. É um trajeto muito usado, e a intenção é sempre melhorar a mobilidade na cidade. As orientações de hoje são variadas, mas a gente sempre reforça a importância do autocuidado, de proteger e perceber o outro”, explica agente de trânsito Júlio Almeida, da Escola Pública de Mobilidade da EPTC.

Cabe ressaltar que após a avenida João Pessoa, o ciclista deve continuar utilizando as calçadas. Por ser um espaço de pedestres, os agentes reforçaram as orientações sobre o uso compartilhado e seguro desses espaços, como velocidade e respeito ao pedestre.

O contador Luiz Alberto Araújo, pedala com frequência entre sua casa, no bairro Boa Vista, e a Orla do Guaíba, utilizando a ciclovia da Ipiranga. Ele entende como positiva liberação do trecho, porém entende que a recuperação da ciclofaixa deve ocorrer o mais breve possível. “É muito mais seguro do que andar entre os veículos. Se há trechos com problema, precisamos que sejam consertados rápido.”

Para a jornalista Caroline Strussman., 47 anos, a bicicleta é um modal de transporte ambiental e social, um caminho sem volta. “Desde 2010 que eu uso bicicleta como forma de transporte ativo. Não tenho carro, vendi e eu não quero mais. Moro no Cristal e me desloco por toda Porto Alegre. Eu tenho uma forja aqui que eu coloco as minhas coisas, tem as ferramentas para pneus e qualquer coisinha a gente dá um jeito. E eu vi a malha das ciclofaixas crescendo em Porto Alegre, e a ciclofaixa é muito importante por segurança. Vamos ter cada vez mais ciclistas com novas ciclofaixas, é bom para o meio ambiente e para a saúde”, completa.


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