Ainda sem resultado da perícia, parque de diversões de Imbé segue interditado

Ainda sem resultado da perícia, parque de diversões de Imbé segue interditado

Procuradora de Justiça diz que existe uma dificuldade para saber as especificações do equipamento

Henrique Massaro

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O Ministério Público Estadual ainda aguarda o resultado da perícia para fechar a acusação sobre os proprietários do parque de diversões de Imbé, onde a queda de um carrinho de uma montanha-russa deixou quatro pessoas feridas no dia 8 de fevereiro.

De acordo com a procuradora de Justiça Karine Teixeira, existe uma dificuldade para saber as especificações do equipamento, como limite de peso, por exemplo, porque ele é importado da Itália e não há material de instruções disponível. Enquanto isso, o Top Park segue interditado e instalado no mesmo local, próximo à ponte, após decisão judicial na semana passada.

O MP, segundo a promotora, é contrário que o parque seja liberado até o fim da investigação. “A ideia deles é abrir o parque em outro local, mas não temos condição de afirmar que é seguro”, explica Karine. Ainda segundo ela, todas as vítimas já estão em casa, mas seguem sem trabalhar, e devem passar por exames complementares para embasar a acusação. “Obviamente tem crime, a gente só não sabe a dimensão ainda.”

O Ministério Público ainda trabalha em uma ação de dano moral coletivo. “A nossa preocupação é porque temos que fazer um alerta pros outros parques, de que essa falta de manutenção adequada e falta de orientação dos monitores pode gerar um risco para as pessoas”, afirma.

Também lembra que houve uma confusão inicial com relação a qual estabelecimento estava no local, já que, historicamente, o Parque Tupã ocupava o espaço. Este ano, no entanto, a empresa Silvinha Family Diversões e Locações venceu a licitação e sublocou para o Top Park operar o serviço e, por isso, também está sendo investigada. “Essa subcontratação não era permitida pelo contrato.”

Advogado do Top Park, Vinícius Iraí Nascimento explica que a empresa entrou com recurso na Justiça para pedir a liberação do parque. De acordo com ele, o estabelecimento é itinerante e o entendimento dos proprietários foi de que a temporada de Imbé deveria ser encerrada.

Com isso, o objetivo seria atuar em outra cidade no restante do verão. Ainda segundo o advogado, a empresa está prestando os esclarecimentos necessários à Polícia Civil e dando assessoria às vítimas.


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