Arroio do Sal abriga unidade de conservação com 21 hectares

Arroio do Sal abriga unidade de conservação com 21 hectares

Parque Natural Municipal Tupancy abriga mais de uma centena de animais

Chico Izidro

Parque Tupancy, reserva ambiental em Arroio do Sal, abriga dezenas de animais

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Escondido no interior em Arroio do Sal, no Litoral Norte, fica localizado o belo Parque Natural Municipal Tupancy, com 21 hectares, sendo uma Unidade de Conservação criada pelo município em 1996, no Balneário Tupancy, entre as praias de Rondinha Velha e Balneário Atlântico, distante 180 quilômetros de Porto Alegre. O nome significa “mãe de Deus” em tupi-guarani, sendo escolhido em homenagem a um grupo de escoteiros do Colégio Marista Rosário, no bairro Independência, em Porto Alegre.

Um dos filhos de uma das famílias doadoras da área era escoteiro, e então foi pedido para que a prefeitura usasse a área para fins de preservação, e que a batizasse com o nome Tupancy. A Unidade de Conservação tem como principal meta proteger os recursos naturais característicos da região costeira e da Mata Atlântica do Rio Grande do Sul, especialmente ecossistemas de dunas, lagoas interiores, banhados, mata de restinga, bem como flora e fauna associadas a esses ambientes.

VISITAÇÃO

A visitação é gratuita, ocorrendo de terças a sábados, das 8h às 12h e das 14h às 18h. De acordo com a administradora do parque, Betty Klein, o espaço recebe um grande número de visitantes de todo o Brasil, da Argentina, Estados Unidos, Japão e de países da Europa. "Antes da pandemia, o movimento era muito maior. Depois houve uma pequena queda. Mas no Carnaval deste ano, recebemos um grande número de visitantes. E temos recebido muitas escolas", destaca Betty. “Nos finais de semana, o público chega a 300 pessoas em média. Aproximadamente seis mil pessoas por ano passando por aqui”, enumera.

ANIMAIS

O parque é habitat de vários animais - são mais de uma centena de espécies catalogadas, desde pássaros como marreca piadeira, tico-tico, pica-pau, biguá, cardeal, canarinho da terra, pardal, gavião, falcão e martin-pescador, passando por ratões do banhado, jabutis, entre outros. "Infelizmente não temos mais capivaras. A última morreu e não ocorreu reposição", lamenta.

Painéis dispostos ao longo do parque identificam os animais existentes, com imagens e os nomes deles. O local disponibiliza ainda trilhas conduzidas e que duram cerca de 30 minutos, mas somente com agendamento prévio. As trilhas exploram a biodiversidade característica do parque e a importância da manutenção do equilíbrio dos ecossistemas de Mata Atlântica e Zona Costeira, especificamente da zona de restinga litorânea no litoral norte gaúcho.

PASSARELA

Existe uma passarela para os visitantes cruzarem e não terem contato com os animais. Isso acontece mais para o cuidado com os seres humanos, pois às vezes os animais têm doenças que são nocivas para as pessoas. No Tupancy existe ainda um galpão observatório para que os visitantes possam ficar vendo para as mais de cem espécies que habitam o local. "O espaço é muito usado por estudantes de pássaros. Eles podem ficar lá dentro, observando as aves, as fotografando", ressalta Betty.

Ela conta que o lugar é excelente para as pessoas conhecerem a vida selvagem e a natureza. Mas lamenta que muitas pessoas não saibam de sua existência ou desconheçam sua localização, pois faltam placas de sinalização ou de indicação. "Na entrada da cidade poderia ter uma baita placa, mostrando como nos encontrar. Porém, infelizmente, isso não acontece", finaliza.


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