Cadeiras Anfíbias: uma ajuda para quem só quer tomar um banho de mar

Cadeiras Anfíbias: uma ajuda para quem só quer tomar um banho de mar

Estrutura é oferecida gratuitamente em diversas praias do Litoral Norte do RS

Chico Izidro

Banho de mar assistido: André Maia aprovou a experiência

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A cena de um cadeirante experimentando a sensação das ondas batendo em seu corpo tem sido bem frequente no Litoral Norte. O banho de mar assistido foi experimentado pelo porto-alegrense André Maia ao entrar na água em uma cadeira anfíbia em Tramandaí. “Uma baita oportunidade para pessoas deficientes como eu”, agradeceu.

As cadeiras anfíbias são desenvolvidas para permitir o acesso de pessoas com deficiência ao mar. Fabricada com materiais resistentes à água, como plástico, aço inox e alumínio, ela não afunda, sendo resistente à ação da água salgada. Além disso, para evitar que a cadeira fique presa na areia, o equipamento possui rodas mais largas. Para propiciar a acessibilidade a todos, as praias gaúchas precisam ter o acessório à disposição.

Uma das entidades que proporcionam o serviço é a Faders (Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas). “Temos cinquenta cadeiras girando por aí. Aqui em Pinhal, por exemplo, temos duas cadeiras”, informou Marquinho Lang, presidente da entidade. Ele ressaltou que para uma pessoa com deficiência ser atendida, pode acessar o site da Faders.

“Alguns municípios atendem toda a semana, outras praias proporcionam o serviço de sextas a domingos, outros no sábado e domingo. A pessoa também pode ir à beira-mar das principais praias, e o nosso estará lá, em um ponto específico. E sempre na guarita principal daquele balneário, pode ter certeza que ela vai pegar todas as informações que precisa”, garantiu.

Outra entidade gaúcha tem 10 cadeiras distribuídas entre Balneário Pinhal, Tramandaí, Cidreira, Atlântida Sul e Torres. O atendimento é gratuito e as cadeiras estão disponíveis na beira dessas praias de terça a domingo, das 8h às 19h.“Eu já havia vindo outras vezes, mas o serviço é tão bom, que sempre que posso, retorno”, disse André, paraplégico há 15 anos.

Os deficientes banhistas são assistidos por guarda-vidas, que levam a cadeira até o mar, em um banho que dura cerca de dez minutos. “Esta ideia de inclusão é genial”, destacou o morador de Porto Alegre.


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