Cavalgada do Mar chega ao fim no Parque do Balonista, em Torres

Cavalgada do Mar chega ao fim no Parque do Balonista, em Torres

Trajetória teve início no sábado passado no PTG Túnel Verde, em Balneário Pinhal

Chico Izidro

Cavalgada do Mar em Torres

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Após uma semana de caminhada, a Cavalgada do Mar chegou ao final nesta sexta-feira, no Parque do Balonismo, em Torres. A trajetória teve início no sábado passado no PTG Túnel Verde, parque de rodeios do Balneário Pinhal, e passou ainda por Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Arroio do Sal, antes de seu encerramento, num percurso total de 280 quilômetros. O tradicional evento, que teve a sua 37ª edição, não foi realizado em 2021 e 2022 por causa da pandemia do Coronavírus, e contou no total com 350 cavalarianos. 

Quando eles chegaram com seus cavalos no destino, muitas pessoas esperavam pela  passagem na beira da praia, apesar da forte ventania e do tempo nublado. “É muito lindo”, elogiou Andréa Tumelero, de Bento Gonçalves, e que estava em Torres com a família. “A gente fica ansiosa esperando a passagem deles, e quando chegam, é de encher os olhos”, completou ela, que ficou mais de uma hora em Torres, aguardando a passagem dos cavalarianos, muito aplaudidos pelo público.

A cavalgada tinha a expectativa de contar com 700 participantes, mas arrancou com 350 cavalarianos, e terminou com 170. Mas isso não tirou o entusiasmo dos organizadores. O coordenador  Paulo Marques afirmou ter ocorrido algumas dificuldades no planejamento. “Tivemos algumas dificuldades no planejamento do evento, pois não sabíamos com quantos cavalarianos poderíamos contar, se 30 ou 300 ou 3 mil, mas no final tudo acabou bem”, comemorou. Ele disse, ainda, que este retorno às atividades depois de dois anos foi fenomenal. 

“A Covid nos separou, nos afastou, e para nós, que gostamos de conviver foi muito ruim. Mas o amor pelas coisas da nossa terra, nossa cultura foi mais forte”, disse. “Temos de valorizar sempre nosso tradicionalismo. E nós estamos aqui de volta. A cavalgada mostra nosso amor pelas coisas da nossa terra e está mais viva do que nunca”, garantiu ele, que já está pensando na cavalgada de 2024. “Se algum dia não aparecer ninguém para organizar, alguém certamente vai tomar as rédeas, chamar um, bando de loucos e manter viva esta chama”, disparou Marques. 

Conforme a veterinária Larissa Anelo, que acompanhou todo o trajeto, cuidando do bem-estar dos animais, o fato é comum. “Muitos vão deixando a carreata conforme vão chegando em suas cidades. E esta parte final, no trajeto entre Arroio do Sal e Torres é a mais puxada para todos. Aí a dispersão é natural”, finalizou. 


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