Consumo de oxigênio triplica em Imbé

Consumo de oxigênio triplica em Imbé

Secretaria da Saúde precisou acionar municípios vizinhos para conseguir atender demanda de pacientes

Chico Izidro

Consumo de oxigênio triplicou em Imbé

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Devido ao aumento no número de atendimentos e pacientes internados por causa da Covid-19 nos postos de saúde de Imbé e Tramandaí, houve um crescimento fora do normal no uso do oxigênio – que acabou quase faltando. No Pronto Atendimento de Santa Terezinha, em Imbé, triplicou o consumo de oxigênio na última semana. A média anterior era de cinco cilindros de oxigênio por semana, e o número pulou para 18 cilindros. A Secretaria de Saúde de Imbé teve ainda de pedir emprestado oxigênio para a UPA e ao Hospital de Tramandaí. 

“A situação é que o consumo de oxigênio no posto durava dez dias, e devido ao aumento de casos, passou a durar somente um dia. Dois dias no máximo”, disse o secretário de saúde de Imbé, Tierres Rosa. “Nesta madrugada tivemos de buscar no meio da madrugada mais cilindros de oxigênio em Canoas”, acrescentou. Os cilindros foram adquiridos em uma empresa que vende o produto, em Canoas, na Grande Porto Alegre. “Antes, ela entregava cilindros de oxigênio duas vezes por semana. Agora serão entregues material quatro vezes por semana”, garantiu o secretário. 

“Não chegou a faltar oxigênio porque a gente correu na frente, se antecipou. Se fôssemos esperar o abastecimento nos dias normais, certamente teria faltado e a situação teria ficado crítica”, analisou. “Agora a situação está controlada”, garantiu. Mas Rosa afirmou ainda que o posto de Santa Terezinha está com superlotação, com seis pacientes esperando transferência para o hospital de Tramandaí. 

Média de atendimentos é quase três vezes maior em posto

O posto de Santa Terezinha está atendendo em média 160 pessoas por dia nas últimas semanas – antes a média ficava em torno de 60 pessoas. O local é um entreposto para os pacientes, que depois de analisada a gravidade da situação, são deslocados para os hospitais da região. 

A situação nesta quarta-feira nos hospitais do Litoral Norte seguia a mesma dos dias anteriores, com todos os leitos de UTI-Covid com 100% de lotação. As autoridades explicam que o motivo da alta da doença foi o carnaval, onde as pessoas não atenderam os pedidos de não aglomerarem nas praias.


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