Corsan aposta em investimentos no litoral e no combate à estiagem

A Corsan tem feito muitos investimentos no litoral norte nesta temporada, ao mesmo tempo que tem combatido fortemente os problemas causados pela estiagem que atinge todo o Estado. 

O diretor de Expansão da empresa, André Borges, contou que a obra mais relevante é a duplicação da Estação de Tratamento de Esgoto Guarani, em Capão da Canoa, que vai beneficiar 79.878 habitantes do município, os moradores de verão e ampliar o sistema de esgotamento sanitário da cidade. "A Corsan tem várias obras, de acordo com o plano de expansão de cada município do litoral norte. Mas consideramos esta de Capão da Canoa a principal, por causa da sua grande população", acentuou. 

Ele explica que com "a ampliação a capacidade de tratamento pulou de 128 para 256 litros por segundo, atendendo a demanda do sistema de esgotamento cloacal, tendo como resultado melhor eficiência no tratamento dos detritos". 

A importância do saneamento básico está ligada a implantação de sistemas e modelos públicos que promovam o abastecimento de água, esgoto sanitário, drenagem pluvial e destinação correta dos resíduos sólidos urbanos. 

O objetivo disto é a prevenção e controle de doenças, promoção de hábitos higiênicos e saudáveis, melhorias da limpeza pública básica e, consequentemente, da qualidade de vida da população.

Em relação a estiagem, Borges garante que a companhia tem trabalhando 24 horas por dia e tomando todas as ações necessárias para garantir o abastecimento e evitar racionamento. "Estamos sofrendo com a estiagem há 24 meses. E neste período em apenas dois ou três meses alcançamos a chuva necessária para enfrentar os estragos provocados pela seca", destacou. 

Ele conta que o consumo de água aumenta muito entre dezembro e fevereiro, por causa do aumento da população no litoral. "Neste período dobra o consumo, e a estiagem do jeito que está nos causa muitos problemas, principalmente em Tramandaí, Imbé, Capão da Canoa e Arroio do Sal. O manancial onde captamos a água tem o seu nível reduzido, não existindo renovação, já que não chove. E gastamos muito tempo para tratar a água que será encaminhada para a população", explicou. 

"Nesta época, a demanda aumenta muito. E além da estiagem e o aumento populacional, ainda temos poucos funcionários à disposição", lamentou. Ele conta que uma das demandas é em relação a ligação das águas nas residências. "Muita gente desliga o hidrômetro durante a baixa estação, e no verão pedem o religamento, ou mesmo que ocorra uma nova instalação. Nada, no entanto, que não esteja em nosso cronograma. Atrasa um pouco, mas todos os pedidos estão sendo executados", garante Borges. 

Em relação ao consumo de água, Borges diz que os relatórios dos últimos dois anos indicam que janeiro é o mês em que se consome mais o produto. "Em 2020, foram 3.6 milhões de metros cúbicos em janeiro, e o mês de menor consumo foi junho, com 1.6 milhões de metros cúbicos, ou seja, praticamente a metade. Em 2021, janeiro registrou consumo de 3.6 milhões, e o menor mês foi julho, com 1.6 milhões de metros cúbicos de água", registrou. 

Para 2022, ainda não existe registro, mas "certamente haverá alto consumo, pelo fato do aumento da população litorânea", alertou. Outro fator para o alto consumo no ano passado foi a pandemia do Coronavírus. "Tivemos o fenômeno de as pessoas deixarem suas casas em outras cidades e se mudarem para o litoral, que é considerado um lugar mais seguro para evitar a infecção", observou. 

A empresa ainda tem uma campanha de conscientização, batizada de Verão 360°, que se alinha ao movimento Água 360°, e sugere cuidados com a água e o meio ambiente. 

Alguns pontos para evitar desperdícios são: "Não lavar o carro e nem a calçada; não tomar banhos demorados; não deixar a torneira aberta se não estiver usando. E de forma geral, não desperdiçar água, usando somente o necessário. Além disso, é solicitado que as pessoas mantenham limpo o reservatório domiciliar, não joguem lixo nas praias e continuem lavando bem as mãos.