Criança é resgatada após se perder na beira da praia de Torres

Um momento de desespero terminou em alívio, nesta quinta-feira em Torres. Uma garotinha de seis anos, Maria Eduarda, a Duda, acabou se perdendo dos pais. A praia estava completamente lotada e a menina saiu caminhando em direção ao mar. Quando notou, estava só. Algumas pessoas viram o olhar perdido de Duda e a levaram até a guarita 7, onde o guarda-vidas André Cuti Dias estava de serviço.

"Acalmei a garotinha, e alguns banhistas disseram ter encontrado os pais dela, e queriam levá-la para eles. Mas isso é impossível, não posso largar uma criança nas mãos de desconhecidos", disse ele, citando orientações de segurança. 

Então André deixou o seu posto, ao lado de duas moças, que levaram Duda pela mão por várias dezenas de metros, sob o olhar curioso de muitos veranistas. Após uma longa caminhada, e quase três guaritas depois, Duda foi recebida aos prantos pela mãe, Gaibiane Reichert, moradora de Tapera, cidade vizinha de Espumoso. A mãe abraçou fortemente a filha, que em momento algum chorou, talvez sem entender muito o que se passava ao seu redor. “Minha filha, minha filha”, disse Gaibiane para Duda. 

“Foi um tremendo susto”, disse a mãe, contando como a filha se perdeu dela. “Eu canso de dizer para ela não ficar longe da gente”, garantiu a veranista. “Porém, a praia está muito lotada, e ela saiu caminhando neste mar de gente e saiu de nossas vistas”, contou. “Mãe, eu fui na água e você não foi junto comigo”, então falou Duda, já brincando aos pés da mãe. “Só sei que a partir de hoje e depois deste susto, eu nunca mais vou tirar os olhos dela. Jamais”, comentou Gaibiane.

O guarda-vidas André contou que só nesta semana quase dez crianças acabaram se perdendo dos responsáveis. No entanto e felizmente, todos acabaram sendo encontrados. “No caso da Duda, foi legal a solidariedade de várias pessoas, que se mobilizaram para encontrar a mãe dela”, elogiou. Outros guarda-vidas que estavam presentes sugeriram uma medida que já é tomada pela Brigada Militar. “Seria excepcional que deixassem com a gente nas guaritas pulseiras para distribuirmos aos veranistas, trazendo o nome da criança e o telefone do responsável”, disse um deles. “Facilitaria e muito o nosso trabalho, e traria segurança e tranquilidade aos pais”, finalizou.