Feira Estadual da Agricultura Familiar de Torres termina com 70% de aumento nas vendas

Feira Estadual da Agricultura Familiar de Torres termina com 70% de aumento nas vendas

Oitava edição do evento teve comercialização de R$ 315 mil, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Rural e Pesca da cidade, José Vanderlei Brocca

Chico Izidro

Foram oferecidos embutidos, laticínios, bebidas, panificados, artesanato, plantas e flores

publicidade

Encerrou-se nesta terça-feira a 8ª Feira Estadual da Agricultura Familiar em Torres, realizada pela Secretaria de Agricultura de cidade, em convênio com a Emater, Fetag e a prefeitura local.Durante seis dias, os veranistas tiveram a oportunidade de adquirir e conhecer produtos de 53 expositores rurais. Foram oferecidos embutidos, laticínios, bebidas, panificados, artesanato, plantas e flores. As vendas foram muito boas para Júlio César Gellinger, da Colônia Gellinger, de Parobé, que trabalha com produtos derivados da cana. “É o nosso segundo ano aqui e vendemos 50%  a mais do que em 2019”, disse, satisfeito o produtor fã de Pink Floyd, Metallica e Iron Maiden.

“Esta feira é muito interessante para os nossos negócios. Muitas pessoas que compraram com a gente ano passado voltaram agora. E muitos dão palpites, fazendo com que melhoremos nossos produtos”, afirmou. A comercialização cresceu cerca de 70% em relação ao ano passadom, com soma de R$ 315 mil em produtos comercializados, ante os R$ 185 mil de 2019. “Um sucesso”, resumiu o secretário de Desenvolvimento Rural e Pesca de Torres, José Vanderlei Brocca, para quem o evento tornou-se também um espaço de visitação turística, mostrando um pouco da gastronomia do Estado. "Temos uma grande variedade de produtos oriundos de diversas regiões gaúchas”, destacou.

O porto-alegrense Cristian Christmann conta que ficou encantado com o evento. “Não conhecia. Com este tempo chuvoso, acabei parando aqui e achei muito legal”, disse ele, que comprou uma cerveja artesanal, mas pretendia adquirir queijos e vinhos. Por sua vez, Airton Costa Leites estava em Torres desde sábado ao lado da esposa Cristina. Ambos são moradores de Sant’Ana do Livramento e têm uma longa ligação com Torres, praia frequentada por eles desde a adolescência, quando do namoro que virou casamento, que hoje chegou aos 35 anos.

“A gente iria para a praia, mas aí começou a chover. Aí decidi vir à Feira fazer a campereada”, destacou Airton, explicando que o termo significa comprar muito coisa. “Eu queria mesmo era figo em caldas e este ano não tem. Então fui atrás de salames, queijos e até mesmo uma cuia para chimarrão”, afirmou. Para ele, o evento está de parabéns. “Muito bem estruturado, bem localizado, oferecendo produtos de boa qualidade, atendimento ótimo. E tudo muito limpo, higiênico”, enumerou. “Ah, põe aí que em quatro anos vou me aposentar e a minha ideia é vir morar aqui em  Torres”, garantiu.

Raquel Pellegrini, da Casa do Sabor, de Paraí, comemorou o bom desempenho de sua empresa, que trabalha com geleias e sucos. Eles ficaram fora da Feira por dois anos, por não obter vaga, e agora retornaram com força. “Nosso carro-chefe é a geleia com pimenta, que faz um ótimo acompanhamento com carnes, e as geleias sem açúcar”, destacou. A Casa do Sabor ainda conseguiu contratos com vários revendedores. “Estamos mais do que satisfeitos”, vibrou.

 

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895