Guarda-vidas mais antigo da Operação Verão trabalha na praia do Cassino

Guarda-vidas mais antigo da Operação Verão trabalha na praia do Cassino

Há 28 anos temporadas, Aureo Rogério Gauterio da Veiga exerce a profissão que auxilia aqueles que precisam de ajuda quando estão no mar

Angélica Silveira

Neste verão, ele atua como auxiliar de praia, em todas as guaritas do Cassino, em Rio Grande.

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Entre os mais de mil salva-vidas (ao todo são 1024, entre os 663 militares e 354 civis temporários) que atuam na Operação Verão está o 1ª Sargento do Corpo de Bombeiros, Aureo Rogério Gauterio da Veiga, de 55 anos.

O mais antigo a trabalhar na função, ele é bombeiro militar há 33 anos. “Atualmente sou o 1º Sargento mais antigo da corporação e trabalho em Jaguarão”, afirma. Neste verão, ele atua como auxiliar de praia, em todas as guaritas do Cassino, em Rio Grande.

Sargento Gauterio, como é chamado já tem 28 Operações Verão no currículo. Ele começou no Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar, em 1990. Na sequência passou pela primeira vez pelo Cassino, atuou em Capão da Canoa, Tramandaí, Quintão, praia de São Simão e Praia Nova, em Mostardas. Voltou para o litoral sul atuando na Praia do Mar Grosso, em São José do Norte. Além de praias de água salgada, ele também trabalhou no Lâmi, em Porto Alegre, que possui água doce. “Realizamos o mesmo serviço sendo em mar aberto ( água salgada) ou em águas internas (balneários banhados por água doce)”, compara.

Ele conta que decidiu ser guarda vida, desde muito cedo, pois sempre foi envolvido com o mar, devido a ser filho de pescador profissional. A família sempre acompanha nas mudanças durante a temporada. “Minha esposa aproveita a praia enquanto eu trabalho. Já servi de exemplo ao meu filho, Lucas, que segue a mesma profissão, só que trabalha em Arambaré neste ano, e ao meu sobrinho, Marcelo, quer também é guarda vidas e está em Quintão”, conta.

O Sargento destaca que o filho é guarda-vidas temporário. “ Servir de exemplo me dá orgulho. Seguindo os passos também do meu irmão que hoje é guarda vidas aposentado. Com satisfação vemos os meninos seguindo o nosso destino o é muito gratificante”, afirma.

Ele entrou no Corpo de Bombeiros, em 1990. Na época, tinha 22 anos. O sargento lembra que em todo este tempo foram centenas de salvamentos, mas um especial não esquece, que foi o primeiro. “Ocorreu em 25 de dezembro de 1990, dia de Natal, no Hermenegildo. Resgatamos um casal jovem, o menino de 15 e a menina com 17 e tivemos que andar 30 quilômetros até Santa Vitória do Palmar, em uma Brasília. Graças a Deus foram tratados e liberados. Decidi ser guarda vidas pois já amava a profissão desde aquela época, que é exatamente isto, salvar e proteger as pessoas”, conclui.


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