Lutador vira sorveteiro para se manter durante o verão

Lutador vira sorveteiro para se manter durante o verão

Vagner Titoni perdeu patrocinadores após uma lesão e quer recuperar prestígio no taekwondo

Henrique Massaro

Vagner Titoni perdeu patrocinadores após uma lesão

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Em 2016, Vagner Titoni se tornava campeão brasileiro de taekwondo, em Santa Maria. Em dezembro de 2018, está de volta a sua cidade natal, Capão da Canoa, e começa o verão como vendedor de sorvetes e picolés na beira da praia. A mudança de realidade aconteceu recentemente.

Por causa de uma lesão no joelho, o lutador de 25 anos perdeu todos os patrocínios que tornavam possível viver como atleta. Ele espera pelo movimento do Litoral Norte para conseguir se manter até o fim do verão e reconquistar os patrocinadores.

Na manhã de sábado, Titoni começava seu primeiro dia como vendedor na beira da praia. Durante a primeira hora e meia da nova vida, havia vendido seis picolés. O número, aquém do que gostaria, era igual ao de patrocínios que tinha como suficientes antes de machucar o ligamento cruzado do joelho. As empresas, que ficaram sem a possibilidade de expor suas marcas pela falta de lutas, acabaram saindo e o lutador, que se dedicava ao taekwondo desde os 15 anos, precisou encarar as dificuldades pelas quais passam tantos atletas brasileiros de modalidades esportivas não tão populares.

Apesar disso, ele não reclama. Acha apenas diferente do que estava acostumado. De acordo com Titoni, sua lesão já foi recuperada, mas o interesse das marcas ainda não. Apesar disso, ganhou todas as seis lutas das quais participou em 2018. Mais do que isso, o lutador afirma que já está invicto há três anos. Faixa azul, ele pretende continuar treinando para chegar à faixa preta, um crescimento como atleta que pode chamar a atenção de novos patrocinadores.

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895