Mar calmo e esverdeado atrai banhistas em Tramandaí

Mar calmo e esverdeado atrai banhistas em Tramandaí

Temperatura na cidade atingiu os 32ºC

Chico Izidro

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O mês de fevereiro começou muito bem no litoral norte, afirmou a jovem Marinara Larruscain, que com um grupo de amigos, resolveu passar alguns dias de férias em Tramandaí, no litoral norte gaúcho. “Estou gostando muito”, garantiu ela, depois de um banho de mar na manhã desta quinta-feira, feriado. O sol estava forte, céu azul, sem nuvens e nada de vento. Além disso, a temperatura chegou aos 32ºC. O mar estava calmo, com ondas pequenas e água esverdeada e morna. Um coquetel perfeito para veranear. 

“Eu já conheço Tramandaí, mas desta vez juntamos um grupo de amigos e viemos nos divertir”, disse Marinara, que também trouxe seu filho pequeno, João Vicente, de 1 ano e dois meses. “Ele ainda não conhecia o mar. E está amando. Está sendo uma briga tirar ele da água”, ressaltou ela, que mora em Santana do Livramento, cidade fronteiriça com o Uruguai. Marinara e os amigos vão ficar até o final da próxima semana no litoral. “A água está ótima, bem morninha e limpa”, destacou a jovem. Mas só alertou que está tendo cuidado devido a presença de águas vivas. “O mar está cheio delas”, testemunhou. “Porém estamos tomando cuidados”, disse. 

Aliás, é por causa da água está com temperaturas mais morna que propicia a presença das águas vivas. Em contato com a pele, o animal libera substâncias que provocam queimaduras. Para tratar das lesões, a dermatologista e diretora da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Cintia Cristina Pessin, diz que a dica é usar o vinagre. Ela explica que as compressas de vinagre ou água do mar gelada ajudam a inativar os nematocistos (pequenos tentáculos que contêm células urticantes) das águas vivas. 

“Compressas ou packs de água do mar gelada ou vinagre têm efeito analgésico nesses casos e devem ser aplicadas na área lesada imediatamente, ainda na praia, como rotina de primeiros socorros”, contou. 

A recomendação é usar a água do próprio mar sempre para aliviar a ardência, e não a água doce eventualmente trazida de casa. “A água doce ativa os nematocistos (mecanismos de defesa das águas vivas) em contato com a pele por osmose, piorando a dor e a queimadura, por isso nunca deve ser utilizada. Outras medidas como aplicação de álcool, urina ou refrigerante tipo cola nas áreas lesionadas também devem ser evitadas”, acrescentou.

A médica afirmou ainda que analgésicos podem ser utilizados para alívio da dor que persistem após as medidas de tratamento locais. Dor intensa ou persistente é um sinal de alerta para buscar atendimento médico de urgência. Já o procedimento para crianças atacadas pelo animal é diferenciado. 

Conforme a dermatologista, elas têm a pele mais sensível e delicada do que os adultos, além de uma área de superfície corporal proporcionalmente maior, o que predispõe à maior gravidade das lesões de pele causadas por animais aquáticos como águas vivas e caravelas. “Sendo assim, se a área lesada for extensa ou houver formação de bolhas, presença de dor intensa persistente ou falta de ar, é necessário procurar atendimento médico imediatamente”, finalizou.


Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895