Mesmo com a pandemia, mercado de venda de prancha está em expansão no Litoral Norte

Mesmo com a pandemia, mercado de venda de prancha está em expansão no Litoral Norte

Empresário fabrica e comercializa equipamentos em Tramandaí há 33 anos


Sidney de Jesus

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Ele nunca pegou uma onda, mas a fabricação de pranchas de surfe mudou a sua vida e tem sido um mercado em franca expansão no Litoral Norte. Há 33 anos fabricando pranchas, o empresário Sérgio Augusto Antunes de Oliveira, 58, morador de Tramandaí, faz da atividade o seu ganha pão e também apoia os amantes do esporte a iniciar e consolidar suas carreiras. Em sociedade com dois irmãos, Sérgio é proprietário da Proibit Wave, localizada no Centro do balneário, que confecciona, vende, conserta e aluga todos os tipos de pranchas de surfe.

Segundo ele, a Proibit Wave é pioneira no ramo nas praias gaúchas. "Ao longo dos anos, nosso trabalho se tornou referência para atletas iniciantes, amadores e até profissionais", afirmou  o empresário, lembrando que nunca conseguiu se equilibrar numa prancha. "Meus irmãos eram surfistas. Eu tentei aprender para acompanhá-los, mas quase morri afogado", recorda Sérgio, acrescentando que nunca imaginou trabalhar no ramo.

O empresário destaca que começou no negócio consertando pranchas. "Com o decorrer do tempo desenvolvemos a nossa própria marca, a prancha Proibit Wave, que dá o nome a nossa loja, e começamos a comercializar. Desde então a atividade prosperou", afirmou. De acordo com Oliveira, sua empresa está vendendo o dobro de pranchas que vendia antes da pandemia. "Por ser um esporte ao ar livre e individual, onde não tem aglomeração, as vendas aumentaram mesmo com a chegada do novo coronavírus. Antes, vendíamos 50 pranchas por dia e hoje comercializamos perto de 100", comparou.

O empresário destacou que, além da  Proibit Wave, comercializa diversas marcas de pranchas com preços variados. "Nosso acervo é o maior do Brasil. Temos mais de três mil pranchas em nossa loja entre novas e usadas. Os valores das novas variam entre  R$ 1,5 mil e R$ 3 mil. Também vendemos pranchas usadas a partir de R$ 150,00 para quem está começando no esporte, alugamos a partir de uma diária de R$ 30,00 e consertamos por valores entre R$ 50,00 e R$ 500", dependendo do estrago", frisou.

Ele destacou, ainda, que além da venda de pranchas comercializa roupas neoprene - roupa térmica para a prática de surfe - e acessórios em geral. "Temos tudo para os surfistas, mas também vendemos skates para quem gosta deste esporte", revelou. Morador de Porto Alegre, o empresário Glauber Brozoza, 52 anos, que passa férias em Tramandaí, esteve na Proibit Wave procurando uma prancha para o filho Arthur Brozoza, 12. "Sei que aqui tem as melhores pranchas. Vou ver se encontro uma para meu filho, que fez algumas aulas de surfe, para ele dar continuidade à prática do esporte", enfatizou.

 

Correio do Povo
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