Moradores se queixam de condições ambientais de bairro em Tramandaí

Moradores se queixam de condições ambientais de bairro em Tramandaí

Segundo população, problemas vêm afetando fauna e flora locais

Chico Izidro

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A Aldeia da Lagoa é um bairro da zona Sul de Tramandaí, com aproximadamente 500 moradores, e que vem sofrendo com a falta de estrutura básica, protestam os moradores do local. Uma das principais reclamações é a falta de uma rede de esgotos e ainda ocorrem as construções de casas geminadas, consideradas ilegais. Os problemas vêm causando prejuízos à população, além de afetar a fauna, a flora locais e a parte hídrica da região.

"Recorremos a vários órgãos públicos, que a rigor deveriam fiscalizar e proteger esta área, mas até agora não obtivemos sem sucesso. Arrasta-se no Ministério Público de Tramandaí um pedido de providências", afirmou Rosana Lessa Sagas, presidente da Associação de Colaboradores da Aldeia da Lagoa (Ascal). "Além disso, reclamamos para outros órgãos ambientais do município, e para a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luís Roessler (Fepam). Falamos sobre a falta de uma rede de esgotos e das construções desordenadas, e nos responderam que iriam investigar. Mas até agora nada foi feito", afirmou."E enquanto isso, continuam surgindo mais e mais construções irregulares", lamentou.

"Existe a previsão de cerca de 140 novas construções dentro do bairro", antecipou. Rosana lembra ainda que existe uma norma proibindo a emissão de novas licenças para a construção de casas geminadas em áreas não contempladas por rede de esgotos, o que é o caso da Lagoa da Aldeia.

Ela diz que a falta de esgoto acaba provocando poluição na Lagoa. "O lençol freático acaba sendo contaminado pelos dejetos. A mortandade de animais acaba sendo muito grande, a flora também é afetada violentamente, e a poluição também chega até a Lagoa da Custódia", ressaltou a representante dos moradores, natural de Porto Alegre e que reside na região litorânea há 20 anos. O bairro situa-se entre a avenida República e às margens da Lagoa da Custódia, que pertence a bacia do Rio Tramandaí.

Logo na entrada, os visitantes se depararam com uma placa indicando os nomes das ruas, todas chamadas boto complementada com uma cor específica - rua Boto Amarelo, rua Boto Azul, rua Boto Vermelho e assim por diante. São quatro avenidas e oito ruas formando o bairro, ornamentado com estátuas de botos em casa logradouro. "Pelo agravamento dos problemas na região, solicitamos um exame atento da situação. Existe um descumprimento nocivo ao meio ambiente, no caso fauna, flora e recursos hídricos, bem como aos cidadãos locais. Seguimos aguardando uma solução", completa Rosana. 


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