O verão das caixas de som no Litoral Norte

O verão das caixas de som no Litoral Norte

De motivo de festa e descontração para alguns, o som na beira da praia se torna incômodo para outros

Rodrigo Thiel

Quem anda pela beira da praia percebe a grande quantidade de caixas de som presentes junto aos banhistas

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Um ritmo de cada lado. Um tom aqui e outro acolá. Quem tenta aproveitar a praia no Litoral Norte precisa também buscar uma forma de curtir ou ao menos aguentar a música que os outros escolhem. Neste verão, um dos objetos que mais chama a atenção de quem passeia pela beira da praia são as caixas de som. Algumas são pequenas, do tamanho de um celular. Outras, um pouco maiores, são carregadas por alças como se fossem bolsas. Entretanto, alguns banhistas também utilizam de caixas maiores, do tamanho de malas, para aproveitar o período de lazer no seu espaço na areia, que é compartilhado outras milhares de pessoas.

Morador de Santa Maria e veranista em Capão da Canoa, Milton Rodrigues entende que seria necessário encontrar uma forma de definir um limite de até quando pode ser considerado normal e a partir de quando é perturbação. “Em determinada altura, o volume não me incomoda. O ideal mesmo é que cada escute a sua música em um volume baixo ou mesmo um fone de ouvido poderia ajudar”, relatou o banhista.

Já a moradora de Porto Alegre, Simoni Marsnak Motta, também relatou a sensação de incômodo em função das muitas caixas de som com volume alto na beira da praia. “O problema é o som de tudo que é tipo. Eu sei que nesta época é assim. Mas atrapalha um pouco, pois a gente não consegue descansar direito”, ressaltou.

De acordo com a Brigada Militar, existe uma ordem de serviço em vigor para coibir a perturbação do sossego no Centro de Capão da Canoa, principalmente nas vias públicas e próximo aos quiosques da praia. “Caso alguma pessoa esteja sentindo-se incomodada devido ao som alto, deve ligar no 190 e solicitar uma viatura, identificando-se quando avistar os policiais”, destacou a BM em nota.


Correio do Povo
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