Tempo instável não afugenta banhistas da beira da praia de Imbé

Tempo instável não afugenta banhistas da beira da praia de Imbé

Calçadão foi a alternativa para quem não quis ficar na areia

André Malinoski

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A manhã desta quarta-feira foi de tempo nublado e instável na maioria das praias do Litoral Norte. Mesmo com a alternância de momentos de chuva com outros de sol, os veranistas foram para a beira da praia. Nem todos optaram por ficarem sentadas debaixo dos guarda-sóis, apesar da sensação de um pouco de abafamento. Em Imbé, muita gente aproveitou o calçadão, agora menos concorrido depois das festas de Natal e Ano-Novo. 

“Moramos em Imbé desde que nascemos. Começamos a surfar há uns três anos”, comentam os irmãos gêmeos Caetano e Valentino Bohn Debastiani, de 18 anos. “Quando chove o mar dá uma alisada. Para nós fica bom, mas para os banhistas, não”, explica o primeiro, enquanto observa as ondas de longe. A dupla deve ir para a faculdade em breve. Valentino, que pretende cursar Psicologia, diz que eles não surfam todos os dias, “apenas quando o mar tá bom.” Por sua vez, o outro irmão optou por tentar o futuro na Odontologia. Mas isso era para depois. Agora, o que importa é curtir o mar.

Em função da instabilidade climática de quarta-feira, os banhistas escolheram caminhadas ao lado de familiares, a prática de alguma atividade esportiva como corrida e pedaladas na orla da praia. O casal de aposentados Pedro e Margarete Lartigau estava sentado em um banco com sombra à espera da água de coco que os dois pediram em um quiosque. “Prefiro a praia com pouca gente. Nos finais de semana e em períodos de veraneio, a coisa é braba”, dizia o marido, de 78 anos. “Somos de Porto Alegre e estávamos andando de bicicleta”, compartilhou a esposa, 60.

Perto dali, a professora aposentada Liége Brusius, 58, fazia sua atividade física diária. “Achei que ia chover, mas o tempo até me surpreendeu agora”, salientou, minutos após o sol aparecer. “Sou veranista e vim depois do Natal, pois meu irmão tem residência fixa aqui. Caminho por todo o calçadão e, às vezes, venho assistir aos jogos de vôlei e tomar água de coco”, completou. A incerteza do tempo estava refletida até na cor da bandeira da guarita de guarda-vidas: passou de vermelha para amarela. E a temperatura de 24 graus constrastava com o vaivém do chuvisco.


Correio do Povo
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