Volvo XC40: pronto para o futuro

Nesta semana “CM” passou do combustível fóssil para a eletricidade. Foram dois dias de experimentação do Volvo XC40 Recharge e mais dois dias reservados ao Mercedes Benz GLlB 200. A Volvo pertence à Chinesa Geely e chineses querem ser os líderes na produçao e vendas do do carro elétrico ate 2030. O Mercedes Benz GLB 200, vem da indústria alemã consagrada no mundo. A Volvo já eletrificou todos os modelos. A Mercedes realiza uma eletrificação gradativa e mantém modelos a combustão. A Volvo, não.

O teste iniciou pelo XC40 Recharge que integra dois motores elétricos, respectivamente com 204 hps no motor instalado na dianteira e 204 hps no motor traseiro, combinando 408 hps. Para quem desconhece a reação do carro elétrico ao “pé direito”, pode assustar: a corrente continua gera torque combinado de 67,3 kgfm que torna as acelerações intensas. Se pisar “fundo”, o XC40 se transforma em “bicho bravo” que não quer coleira, quer jaula. O carro elétrico exige uma aceleração progressiva e cuidadosa. 

E o gasto excessivo de energia se relaciona com o uso constante da alta velocidade que reduz a autonomia em 30%. O XC40 pesa 2.184 quilos, faz de 0 a 100km/h em 4.8 segundos que é marca de carro esportivo de alta performance. Como em todo carro elétrico, a velocidade máxima é limitada. No XC40 a máxima é de 180 km/h. 

O XC40 cumpriu 400 quilômetros em teste na BR 101 e urbano. Uma experiência prazerosa gerada por fatores essenciais com a perfeita estabilidade lateral, segura e confiável. A direção que é leve mas consistente. Também não inibe o “road feeling”, o sentir as mudanças na aderência e na formatação dos pavimentos. 

No interior o bom gosto pode ser sueco ou chinês. Porque são dois países com histórias milenares que resultam em senso estético apurado. Os bancos são excepcionais na ergonomia voltada ao conforto e segurança. O encosto se adapta à coluna vertebral, há apoio ideal para as pernas e encostos que não se afastam da nuca evitam o efeito “whiplash”, causador de quadriplegia. 

As medidas adaptam o XC40 à cidade: 4425 mm no comprimento, largura de 1683 mm, altura de 1647 mm. O design entusiasma e nada nas linhas do XC40 o identificam como um “elétrico”. A não ser a frente fechada, sem grade, mas que também é bela e impressiona. 

Há inteligência artificial nos múltiplos auxílios ao motorista, o que amplia os níveis de segurança ativa e passiva. E para os que associam o automóvel à preservar a vida, a Volvo é campeã em segurança. O XC40 é um SUV “5 estrelas” nos testes de impacto do EuroNcap. Portanto, a Volvo entrou pela “porta do futuro”. Entrada livre.

PADRÃO MERCEDES

GLB tem preservada utilidade

O Volvo XVC40 reforçou a certeza de que o uso do petróleo chegará ao fim. Então, coube ao Mercedes Benz GLB demonstrar na pratica que um SUV a combustão é tão eficiente quanto o elétrico. 

O GLB 200, de porte médio é o SUV de custo mais acessível na linha Mercedes. “Acessível” numa marca que se define como “super luxo”. Custa pouco mais de R$ 300 mil. O modelo não é simplificado na tecnologia. Tem controles de faixa de rolamento, câmeras na frente e traseira, aviso eletrônico de ponto cego, seis airbags; alguns dos sistemas que visam a segurança ativa e passiva. 

A dirigibilidade superior é sustentada por plataforma com alto grau de rigidez torsional e uma sofisticada suspensão multibraços na traseira. O design suave expressa sofisticação. A suavidade na forma esconde uma forte performance sustentada pelo espetacular motor 1.3 turbo, com 163 hps que resulta da parceria entre Mercedes Benz e Renault. É o melhor 1.3 no mercado brasileiro. A principal virtude é a passagem suave do torque de 25kgfm pelo cambio automático e sequencial com sete marchas. 

Na BR 101, a 110 km/h, o contagiros marcava menos de 1500 rotações. E isto significa economia de combustível. Em 200 km rodados em rodovia, a média ficou em 16 km/l.

A Mercedes tem eficiência no carro a combustão e já tem praticamente toda linha com versões elétricas. É outra marca com passaporte a o futuro.