Indústrias retomam captação de leite e iniciam campanhas de doações para desabrigados

Indústrias retomam captação de leite e iniciam campanhas de doações para desabrigados

Sindilat afirma que coletas em propriedades rurais voltaram a ser feitas e que não faltará leite no varejo

Correio do Povo

Estradas rurais desobstruídas, como na região do Vale do Taquari, permitem trabalho

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A redução do nível das águas no Vale do Taquari e em outras regiões do Rio Grande do Sul está permitindo a retomada na captação de leite no Estado. Na terça-feira, propriedades rurais voltaram a ser acessadas por caminhões de leite das indústrias para a coleta. O Sindicato da Indústria de Laticínios do RS (Sindilat) afirma que não faltará leite no varejo e para o abastecimento das vítimas. Indústrias associadas ao Sindilat estão iniciando campanhas de arrecadação de recursos, entrega de donativos, materiais de higiene e água aos desabrigados.

O sistema de coleta teve maior prejuízo no domingo passado, por interrupção de estradas, morte de animais e alagamento de propriedades rurais. Segundo o Sindilat, cerca de 3 milhões de litros deixaram de ser coletados até o domingo no Rio Grande do Sul. Na segunda-feira, a situação começou a ser restabelecida, com apoio entre as indústrias.

“As empresas estão se ajudando, captando leite de todos os produtores possíveis, daqueles que são seus fornecedores e dos que não são também. É a forma que encontramos de garantir renda para essas famílias e não prejudicar ainda mais o abastecimento”, disse o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini.

“O mais importante nesse momento é preservar vidas e apoiar as famílias atingidas”, afirmou o presidente do Sindilat, Guilherme Portella. O dirigente lembrou que o setor lácteo é um dos mais ramificados da economia gaúcha, com atuação em 493 dos 497 municípios. “Estamos preparados para dar aos produtores o suporte necessário para a reconstrução. Se agora estamos em dificuldade devido à ramificação de nossa captação também será ela que irá nos permitir fomentar uma retomada pulverizada do nosso Estado”, destacou.

A indústria também sofre impactos no abastecimento de produtos como embalagens, itens de limpeza e químicos, que são comprados em outras regiões do Brasil e estão retidos nas estradas.

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