Eleições 2024: No RS, presidente nacional do PSol projeta pleito nacionalizado

Eleições 2024: No RS, presidente do PSol projeta pleito nacionalizado

Paula Coradi, à frente da sigla nacionalemnte, terá encontro em Porto Alegre com Maria do Rosário e lideranças do PT

Felipe Nabinger

Matheus Gomes e Paula Coradi participaram do programa Esfera Pública da Rádio Guaíba

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A presidente nacional do PSol, Paula Coradi, está em Porto Alegre onde vai se encontrar nesta sexta-feira com a pré-candidata à prefeitura Maria do Rosário (PT). Em agendas organizadas pelo deputado estadual Matheus Gomes (PSol), a professora e historiadora que assumiu o partido em outubro do ano passado, se reunirá também com outras lideranças de esquerda como o ex-governador Olívio Dutra. O objetivo é combinar a disputa com o cenário nacional, entendendo que a eleição de outubro será nacionalizada e polarizada.

“Existe uma disputa de rumos que está muito à luz no nosso tempo. A polarização é uma realidade e as eleições serão muito nacionalizadas. Esse grande embate que se deu em 2022 vai se renovar em 2024”, acredita.

Para a dirigente partidária, o PSol está dedicado ao pleito de outubro entendendo como uma “antessala de 2026”. “Nosso maior esforço e empenho tem a ver com mudar o cenário político que temos no Brasil, onde temos uma extrema-direita muito bem articulada, com peso social e na condição de oposição.”

Em Porto Alegre, o partido indicou Tamyres Filgueira como pré-candidata à vice na chapa encabeçada pela deputada federal petista Maria do Rosário. “Estamos incentivando o partido a construir frentes progressistas nas cidades brasileiras onde há risco de uma direita mais radicalizada ganhar as eleições”, diz Paula, vendo a capital gaúcha neste escopo.

Sobre o discurso do prefeito Sebastião Melo (MDB) de tentar desvincular o debate ideológico e a polarização da eleição, Paula entende que, além dos problemas de zeladoria, é necessário debater um projeto de cidade e que a busca por fugir da polarização parte de quem “não quer se comprometer”, mas que, quando chegar o pleito, as coisas “vão se afunilar”. Entre os partidos que apoiam Melo está o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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A presidente nacional da sigla reforça que, em outras cidades, o PSol manterá o protagonismo. É o caso da capital de São Paulo, com Guilherme Boulos, e de Belém (PA), onde Edmilson Rodrigues busca a reeleição. Ela aponta boas chances também no Rio de Janeiro (RJ), Florianópolis (SC), Niterói (RJ), Petrópolis (RJ) e Franca (SP).

Na capital gaúcha, além da união em torno da federação do PT, a estratégia eleitoral é aumentar a bancada. Atualmente o PSol tem quatro vereadores, número igual ao das bancadas do PT e MDB, as três maiores da Câmara dos Vereadores. Nacionalmente, além das majoritárias em São Paulo e Belém, a meta é dobrar o número de vereadores, que hoje é de cem.


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