Alex Atala lidera movimento para reconhecer a gastronomia como cultura
“Eu Como Cultura” busca apoio para pressionar aprovação de projeto de lei
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O texto, apresentado no ano passado pelo deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), permite que pesquisas e publicações relacionadas à cultura gastronômica obtenham incentivos fiscais via Lei Rouanet, da mesma forma que filmes, livros e peças de teatro. Atualmente, algumas atividades culinárias brasileiras já são protegidas como patrimônio imaterial, porém, o projeto afirma que é preciso ampliar este alcance.
Além disso, o chef defende ainda uma série de ações posteriores, como o incentivo aos alimentos orgânicos, o controle da poluição e da produção de lixo pela agricultura e a intenção de levar culinária às escolas públicas do país. Com a afirmação da gastronomia como cultura, ingredientes e receitas também poderão ser descobertos e preservados como patrimônio cultural, como aconteceu na Europa com queijos e embutidos.
Nas redes sociais
Para conseguir apoio e tentar pressionar o Congresso, Atala está usando as redes sociais, é claro. A ideia em jogo é simples: as pessoas devem tirar foto de um prato com sua comida brasileira predileta e desafiar três amigos a fazer o mesmo, usando as hashtags #eucomocultura e #gastronomiaehcultura. Os primeiros posts foram feitos pelo chef, que escolheu tapioca e galinhada, e desafiou nomes como Alexandre Herchcovitch, Bob Burniquist e os grafiteiros Os Gêmeos.
Em menos de uma semana, milhares de pessoas já aderiram à campanha. Por mais que conte com plataforma para assinatura online, o projeto busca recolher assinaturas impressas, que, segundo Atala, tem maior poder de atuação. No site do “Eu Como Cultura” é possível fazer o download de uma página, que após impressão e assinatura, deverá ser enviada ao Instituto Atá pelo correio.