Alice Rohrwacher em live no 8 ½ Festa do Cinema Italiano

Alice Rohrwacher em live no 8 ½ Festa do Cinema Italiano

A diretora participa de bate-papo online com o diretor do Festival, Stefano Savio, para falar de sua trajetória e filmografia

Correio do Povo

Diretora Alice Rohrwacher é homenageada no 8 ½ Festa do Cinema Italiano

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Neste domingo, a partir de 19h, a diretora Alice Rohrwacher, uma das realizadoras italianas mais prestigiadas da atualidade, participa de bate-papo online com o diretor do Festival, Stefano Savio, para falar de sua trajetória e filmografia. A conversa será transmitida no Youtube do 8 ½ Festa do Cinema Italiano, no qual ela é homenageada.   . 

Este ano o Festa traz o “Foco Alice Rohrwacher”, com a exibição de quatro obras essenciais para conhecer o trabalho da diretora, que seguem disponíveis até às 9h de segunda-feira, dia 28. Na seleção, há desde o primeiro filme realizado por ela em 2011, “Corpo Celeste”, que aborda o contato de uma menina de 13 anos com os dogmas da Igreja Católica Romana, até o premiado “As Maravilhas”, protagonizado pela sua irmã Alba Rohrwacher e com Monica Bellucci no elenco. A lista ainda inclui dois curtas: “Una Canzone”, produzido com imagens do acervo do Instituto Luce, e “Omelia Contadina”, realizado em parceria com o artista francês JR e exibido no Festival de Veneza 2020.

Alice faz um cinema repleto de nuances, em que os personagens não são maniqueístas, mas contém humanidade, qualidades, defeitos e contradições. "Não há mensagens. Na verdade, as mensagens são livres. As pessoas podem encontrá-las ( em seus filmes) se quiserem", afirma a diretora, que é filha de uma família de apicultores, como a família de “As Maravilhas”, e sempre traz um olhar atento entre os contrastes e as relações entre a ética e o modo de vida no campo e na cidade grande. 

Além de atualmente rodar um novo longa-metragem, teve seu mais recente projeto selecionado para a Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes 2021, que ocorre em julho. Dirigido em parceria com Pietro Marcello e Francesco Munzi, “Futura” viaja pela Itália ouvindo os jovens do país sobre suas esperanças, sonhos e expectativas para o futuro. 

Alice Rohrwacher é formada em Literatura e Filosofia pela Universidade de Turim, ela é diretora de obras como “Feliz Como Lázaro” (Lazzaro Felice), vencedor do Melhor Roteiro do Festival de Cannes 2018, e tem uma obra que retrata a alma humana em histórias nada convencionais. 

Seu longa de estreia, “Corpo Celeste” (2011), marcou também sua estreia nos sets, pois ela e a irmã, a atriz Alba Rohrwacher, cresceram no campo e sem acesso ao mundo do cinema. A produção estreou na Quinzena dos Realizadores do Festival de Cannes e recebeu o conceituado prêmio Nastro D’Argento. 

Em 2014, voltou a Cannes com “As Maravilhas”, dessa vez na competição oficial. O longa conta a história de Gelsomina (a atriz Maria Alexandra Lungu que, na trama, tem o mesmo nome da heroína de A Estrada, de Federico Fellini), uma jovem que também vive no campo trabalhando com sua família de apicultores, mas sonha em ser famosa. A produção conta com Monica Bellucci e Alba Rohrwacher no elenco e levou o Grande Prêmio do Júri em Cannes, o que garantiu o passaporte de Alice para o hall dos diretores mais respeitados do circuito internacional. 

"O filme conta sobretudo a história de um amor entre um pai e uma filha. E a filha primogênita. Ele tem certeza que ela vai seguir o caminho dele e ser uma apicultura, como ele, e viverá no campo feliz para sempre. Mas ela é um indivíduo, tem o seu rigor mas também sua curiosidade", comentou Alice sobre o filme. 

 "Não é um filme autobiográfico. Claro que, sendo filha de apicultores, é um universo que eu conheço muito bem. Mas este não é o motivo pelo qual o fizemos. É um filme sobre a transformação de uma região ainda selvagem, tradicional, em um parque temático. O que fazemos com nosso passado? Hoje em dia está na moda pegar este passado e vendê-lo. Oferecer pacotes turísticos para reviver a vida de antigamente. Mas é possível fazer isso sem nos relacionarmos com o presente? No momento em que separamos este passado e o congelamos não o matamos?”, questionou a diretora em entrevista ao canal VPRO Cinema.  

Em 2020 levou à Mostra di Cinema de Venezia (o Festival de Veneza) o curta “Omelia Contadina”, realizado em parceria com o artista francês JR. Uma proposta experimental de protesto visual ao realizar o velório simbólico da agricultura camponesa. 


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