Araújo Vianna é o mar para onde correu o som do Maneva

Araújo Vianna é o mar para onde correu o som do Maneva

Banda paulistana apresentou 22 músicas durante quase 2h para público de 3,1 mil pessoas, sábado à noite, na capital gaúcha

Luiz Gonzaga Lopes

Som do Maneva correu para o mar de fãs na noite deste sábado no Araújo Vianna

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A noite de sábado foi de a música bem elaborada, vibrante e com mensagem hiper positiva do reggae do Maneva correr para o mar formado por seus fãs, cerca de 3,1 mil pessoas que lotaram o Auditório Araújo Vianna para pular, cantar, dançar, vibrar com a sua banda preferida. Foram quase duas horas de show da banda paulistana formada por Tales de Polli (voz e violão), Felipe Sousa (guitarra), Fernando Gato (baixo), Diego Andrade (percussão) e Fabinho Araújo (bateria). Este foi um dos últimos shows da turnê “Mundo Novo”, disco com 10 faixas lançado em 2022. 

Sucesso absoluto em todo o país, a banda colhe os bons frutos de uma carreira vitoriosa, que soma pouco mais de 18 anos, tanto que Tales no início do show falou ao público com empolgação. “A gente já veio a Porto Alegre para tocar para 300 pessoas, 500 pessoas, 1.000 pessoas e agora estamos para mais de três mil. As coisas não acontecem rápido, tudo tem seu tempo, mas só gratidão a vocês por termos chegado onde chegamos”, disse, comemorando o convite para estar na edição brasileira do Lollapalooza 2024, em São Paulo. 

A banda que tem mais de 2,3 bilhões de streams e voltou recentemente de uma turnê pela Oceania, começou o show com a faixa-título “Mundo Novo”. Logo depois houve problema técnico e a banda veio com a balada “Luz Que me Traz Paz”, seguida de “Uma Brasileira”, dos Paralamas do Sucesso, um dos hits da coleção “Tudo Vira Reggae”, que teve “Garotos”, “Essa Tal Liberdade”, “Anunciação”, “Péssimo Negócio” e "Pé na Areia", entre as canções da noite. Do disco “Mundo Novo”, a banda executou “Porta do Teu Prédio”, “Promete”, "Respostas" e “Outro Alguém”. 

Mas foram tantos sucessos que acabaram desfilando pelo setlist para o frenesi dos fãs (público composto 70% por mulheres. Assim, apareceram verdadeiras pérolas do cancioneiro manevista, como “Seja Para Mim”, “O Destino Não Quis”, “Saudades do Tempo”, que são disparadas as mais ouvidas nas plataformas, contando os 13 registros fonográficos que compõem a discografia da banda. "Seja para mim o que você quiser/ Contanto que seja o meu amor". A banda que fala de amor, do tempo, do destino, do acaso e das coisas que realmente valem a pena viver.

Os fãs também tiveram "Êxodo", "Corre pro Meu Mar", "Daquele Jeito" e "Lembranças": "São só lembranças/ Suas tranças por entre as minhas mãos/ A dança, quadris, movimento, explosão/ Éramos crianças, esperando anoitecer/ Marionetes conduzidas pelos fios do prazer". Ao final da música, Tales de Polli elogia a energia e o coral do público que deixou o Araújo Vianna pequeno para tanta emoção. 

Na parte final do show, houve espaço para o reggae raiz de “Meu Pai é Rasta”, com a jornada do filho que descobre o pai no Maranhão como Rastafári e também “Tô de Pé”, a canção que mostra a força do Maneva, mesmo contra todos que um dia pensaram que a banda não vingaria, com o público pulando e cantando ensandecidamente e Tales fazendo a promessa de voltar logo: “E vou gritar pro mundo inteiro ouvir/ Que o vagabundo tá de pé”. Assim foi o show o acontecimento histórico do show do Maneva neste início de dezembro em Porto Alegre. Ao final, rolou a apresentação detalhada da banda e os caras da banda jogando suas toalhas, baquetas e palhetas para fãs que disputaram os objetos no pulo e na raça. 


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