Atuação impecável de Paul Giamatti elogiada em Veneza

Atuação impecável de Paul Giamatti elogiada em Veneza

Longa "Barney's Version" é um dos favoritos ao Leão de Ouro

AFP

Atuação impecável de Paul Giamatti elogiada em Veneza

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Com uma grande atuação de Paul Giamatti no filme "Barney's Version", do canadense Richard Lewis, termina nesta sexta-feira a mostra competitiva da 67ª edição do Festival de Veneza. A livre adaptação do premiado romance de mesmo nome de Mordechai Richler respeita o humor negro, cínico e autoirônico de seu protagonista, o judeu canadense Barney Panofsky, interpretado de maneira genial por Giamatti, famoso por sua atuação em Sideways e Anti-Herói Americano.

As memórias de Barney, desde a época em que levava uma vida boêmia - no filme ambientada em Roma ao invés de Paris -, até chegar aos 60 anos rico, fã de uísque e charuto, são narradas através de fragmentos, como no livro. As três mulheres que marcaram sua existência para o bem ou para o mal estão na tela: Clara, a primeira esposa, a segunda senhora Panofsky e finalmente Miriam. Outra figura presente é o pai de Barney, interpretado por um divertido Dustin Hoffman, que não viajou a Veneza.

A suspeita do suposto assassinato do melhor amigo e as aventuras com outras mulheres passam a um segundo plano no longa, que nas mãos de Lewis, famoso como diretor de vários episódios da série de TV americana CSI, ressalta o amor pela tranquila Miriam e a ironia judaica. O retrato cinematográfico de um dos personagens mais adorados da literatura contemporânea canadense - o livro foi um best seller -, escrito por Richler pouco antes da morte em 2001 aos 70 anos, foi um grande desafio. "Não queria arruinar um tesouro nacional", admitiu o diretor.

Os dois últimos filmes em competição, "Drei" do alemão Tom Tykwer e "Road to nowhere" do americano Monte Hellman, também entraram para lista de favoritos do cobiçado Leão de Ouro.
Hellman, 78 anos, o cineasta que descobriu Jack Nicholson e Harrison Ford e produziu o primeiro filme de Quentin Tarantino, presidente do júri este ano, retorna à direção após 25 anos com um cult, um thriller romântico e um filme dentro do filme.

Protagonizado pela misteriosa Shannyn Sossamon, o filme descreve de forma desordenada, mas com belas imagens, as obsessões de um diretor de cinema que descobre um escândalo político, um homicídio e se apaixona por uma atriz. O longa, aplaudido pela crítica, reitera uma ideia que ronda o cine experimental e de autor há décadas: narrar uma história a partir das enigmáticas filmagens.
Já o filme do alemão Tykwer, talentoso diretor de Corra Lola, Corra", mostra como sem querer começa um triangulo amoroso.

O Leão de Ouro será anunciado na noite de sábado em uma cerimônia oficial no Palácio do Cinema
do Lido. O júri, formado por vários cineastas, entre eles o mexicano Guillermo Arriaga e o italiano Gabriele Salvatore, e presidido por Tarantino, a verdadeira estrela da mostra, terá que decidir entre os 24 filmes em competição oficial. Entre os favoritos, segundo o jornal da mostra, que entrevistou 21 críticos, estão o chileno "Post Mortem", de Pablo Larraín, o nostálgico russo "Silent Souls", de Alexei Fedorchenko, e a comédia francesa "Potiche", de Francois Ozon.



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