Bienal do Mercosul se despede ao som do maracatu

Bienal do Mercosul se despede ao som do maracatu

Um show do grupo Maracatu Truvão na Praça da Alfândega marcou o fim do evento de artes visuais

Adriana Androvandi

Maracatu Truvão fez o show de encerramento no início da noite deste domingo

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A 11ª Bienal de Artes Visuais do Mercosul terminou no início da noite deste domingo ao som do grupo Maracatu Truvão na Praça da Alfândega. Com muita percussão e dança, este encerramento, com um ritmo musical que surgiu a partir de um sincretismo cultural da herança africana em solo brasileiro, se mostrou coerente com a proposta da exposição, que neste ano teve como título “O Triângulo do Atlântico”. Por isso, muitas obras remeteram a chegadas e partidas, travessias e migrações entre a África, a Europa e a América.

Esta edição, que teve início em 6 de abril, foi mais enxuta do que as últimas. Foram 77 artistas, menos da metade que na edição de 2015, que convidou 200. Com adiamento desta 11ª edição, prevista inicialmente para 2017, o orçamento também encolheu. 



Neste ano, foram gastos cerca de R$ 5 milhões, sendo que a de 2015 tinha gasto R$ 6,5 milhões (estes, por sua vez, um valor 50% menor do que a de 2013). Os recursos, obtidos via lei de incentivo fiscal, foram afetados pela crise econômica. A curadoria de Alfons Hug, em parceria com Paula Borghi, apresentou um projeto coeso, mas de profundo valor artístico e antropológico.

Conforme destacou o projeto educativo desta edição, a Bienal foi concomitante aos 130 anos de abolição da escravatura no Brasil e o tema permeou muitas obras. Os números de visitantes devem ser divulgados nesta semana. Mas independentemente de estatísticas, esta edição promoveu uma ponte entre passado e presente como poucas vezes Porto Alegre teve a chance de experimentar. 

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