Brasil é destaque nos leilões de arte latino-americana em Nova Iorque

A arte brasileira ganhou destaque nos leilões de obras latino-americanas desta semana, em Nova Iorque. As vendas foram realizadas pelas casas Christie's e Sotheby's. O Brasil foi representado por Candido Portinari, Ernesto Neto, Camargo, Alfredo Volpi e Vik Muniz.

Entre os artistas que bateram recordes Portinari ganhou destaque especial, com US$ 1,14 milhão pela tela "Navio Negreiro". Entre as principais obras leiloadas também ficaram a do argentino Emilio Pettoruti, "Concierto", vendida por cerca de US$ 800 mil e "Physichromie", do venezuelano Carlos Cruz Diez (US$ 722,5 mil dólares).

"A revolta dos contrários" do chileno Roberto Matta foi vendida por US$ 5 milhões, o dobro da estimativa inicial feita pela Christie's. O cubano Wilfredo Lam também superou a expectativa e sua obra "Ídolo" foi vendida por US$ 4,56 milhões.

Contudo, o aumento dos valores totais dos leilões e os recordes não escondem o fracasso pela falta de comprador para uma das grandes estrelas dos leilões, "Menina em azul e branco (Retrato de Juanita Rosas aos dez anos de idade)", de Diego Rivera, avaliada entre US$ 4 e 6 milhões. A Sotheby's tinha apresentado "Menina em azul e branco" como a pintura mais importante do mexicano posta à venda em décadas e esperava que batesse o recorde de US$ 3 milhões de "Baile en Tehuantepec", leiloada em 1995 nessa mesma casa, mas acabou não fechando uma venda.

Em dois dias de leilão, a Christie's arrecadou um total de US$ 27,73 milhões, acima de sua expectativa de US$ 20 milhões. Já a Sotheby's, que encerrou seu leilão nesta quinta-feira, informou um total de vendas de US$ 26,86 milhões, contra um total de vendas de aproximadamente US$ 40 milhões no ano passado.