Brasil marca presença com 11 filmes no 69° Festival de Berlim

Este ano, a 69ª Berlinale, que começa nesta quinta-feira e vai até dia 17, recebe 11 filmes brasileiros, incluindo “Marighella”, de Wagner Moura, na Wettwetraub/Competição, e “Rise”, da dupla Bárbara Wagner/Benjamim de Burca nos Berlinale Shorts. Os outros títulos do Brasil ocupam lugar pelas mostras Panorama, Fórum e Geração. Wagner já brilhou como ator no festival em que esteve três vezes, e em uma - com “Tropa de Elite”, de José Padilha, em 2008 -, saiu com o Urso de Ouro.

“Greta”, de Armando Praça, com Marco Nanini, também estará na mostra Panorama. O filme atualiza o tema gay da peça de Fernando Melo, “Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá”, que tantos problemas teve com a censura do regime militar. Na época, as cenas homoafetivas sofreram cortes rigorosos. A nova versão segue abordando a solidão gay das metrópoles.

Outro destaque é o do autor de um dos melhores filmes brasileiros recentes (“Boi Neon”, em 2017), Gabriel Mascaro. Ele chega a Berlim com “Divino Amor”, sua investigação sobre os sentimentos num mundo em transformação, tendo a atriz Dira Paes com a protagonista da trama.

Os demais títulos brasileiros presentes no Festival de Berlim deste ano são “Estou me Guardando para Quando o Carnaval Chegar”; “Chão”; “Querência”; “A Rosa Azul de Novalis”; “Espero Tua (Re)volta”; “Breve História del Planeta Verde” (coprodução com a Argentina); “La Arrancada” (coprodução com França e Cuba); e “Rise” (curta-metragem sobre o empoderamento de jovens excluídos por meio da música). O júri desta edição do Festival será presidido pela atriz Juliette Binoche.