Chanel leva "pochete" para o seu desfile em Paris

Chanel leva "pochete" para o seu desfile em Paris

Coleção está cheia de harmonia e serenidade, sob o signo da ecologia e dos materiais naturais

AFP

Chanel apostou no bege e na pochete

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Karl Lagerfeld apresentou nesta terça-feira sua coleção primavera-verão para a 'maison' Chanel, cheia de harmonia e serenidade, sob o signo da ecologia e dos materiais naturais. Após a atmosfera agitada de aeroporto do último desfile, o estilista alemão mudou por completo o cenário sob a cúpula de vidro do Grand Palais: as modelos saiam de uma casa de bonecas gigante, de arquitetura contemporânea e toda de madeira.  

Com sapatos plataforma de cortiça, andavam até um jardim "zen" de reminiscências japonesas, presente também nos penteados e na maquiagem.  Os vestidos e as saias são justos, caindo até a panturrilha. Uma fenda vertical atrás facilita o movimento, deixando entrever pregas de tule brilhante. Os coques volumosos nos cabelos e a maquiagem foram inspirados em uma escultura de Picasso apresentada há pouco tempo em uma retrospectiva do mestre espanhol no MoMA de Nova York.

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As cores são sutis e suaves: tons de bege - uma das favoritas de Coco Chanel, apelidada "a rainha do bege" - rosa e marfim. Uma elegância que evoca silhuetas de diferentes épocas: dos anos 50 e 60 aos anos loucos e o Grande Gatsby. Nas bolsas - produto mais vendido nas lojas da marca - Lagerfeld desta vez encolheu a peça mais cobiçada a uma pequena pochete na cintura que pode levar, quem sabe, apenas um smartphone.  

Capas brilhantes e transparentes dão um aspecto de princesa aos looks. O vestido de noiva têm cauda majestosa e uma jaqueta com capuz, decorado com flores de papel e algodão. 

Atmosfera "zen"

Os materiais naturais como madeira e palha se integram aos bordados das peças. "Me pareceu finalmente que esses materiais, se utilizados de maneira particular, são muito lindos", disse Karl Lagerfeld após o desfile. Foi necessário criá-los por completo "porque no mercado não há lantejoula de madeira". 

Uma coleção que não busca "chamar a atenção no estilo tapete vermelho", disse o estilista, sempre hábil na hora de captar a tendência do momento, um mês e meio depois da conferência sobre o clima (COP21), celebrada em Paris. "A ecologia é um dos temas de nossa época, mas nunca foi utilizado no luxo. O grande luxo é quase o oposto", disse. "No geral, tudo o que é ecológico se associa a uma pessoa não muito cuidada", disse. 

O estilo difere radicalmente do prêt-à-porter da primavera-verão 2016 apresentado em outubro, para o qual recriou o ambiente de um aeroporto. "A palavra está um pouco desgastada, mas queria algo um pouco zen", disse Karl Lagerfeld. São mulheres "que não estão apressadas, que não têm que pegar um trem e podem caminhar em seu jardim".

As atrizes Diane Kruger, Gwyneth Paltrow e Laura Smet assistiram ao desfile, assim como a modelo Cara Delevingne. A britânica causou sensação, sentando na primeira fila com seu cachorro, que foi levado para o 'backstage' antes do início do desfile. 

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