Cia. Gente Falante realiza sua primeira temporada virtual

Cia. Gente Falante realiza sua primeira temporada virtual

“Xirê das Águas – Orayeyê ÔH” segue até 26 de julho, sábados e domingos, das 18h às 22h, pelo Youtube

Vera Pinto

Grupo gaúcho mistura bonecos, teatro de sombras, adereços cênicos e/ou objetos em "Xirê das Águas"

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A Cia. Gente Falante realiza sua primeira temporada virtual, com um espetáculo de teatro de objetos, “Xirê das Águas – Orayeyê ÔH”, neste final de semana e no próximo, das 18h às 22h, pelo Youtube. A iniciativa faz parte do acolhimento de um projeto comemorativo dos 20 anos do Grupo Bagaceira, de Fortaleza e seu espaço Casa da Esquina, que fez o convite ao grupo gaúcho.  Após adquirir o ingresso via  sympla.com.br/casadaesquina, o espectador deve verificar no seu e-mail o recebimento do link de acesso à transmissão, que será liberado às 18h, com acesso liberado até a meia-noite. 

“Este espetáculo nos é muito caro e acreditamos importante, para o momento em que a tradição e cultura dos afro-descendentes e dos Indígenas estão sendo eclipsados, junto com todas as manifestações culturais brasileiros”, afirma Paulo Fontes, responsável pela atuação e direção artística. Com 12min de duração, a montagem se passa nas margens de uma lagoa de águas negras, como o céu noturno e cercada por dunas de areias brancas, onde uma aldeia indígena se estabeleceu. No lugar apenas as índias podiam pescar e se banhar, pois os homens da tribo eram proibidos de se aproximarem das margens, sob a pena de sumirem magicamente. 

Em uma cheia, o grande Cacique Tupi Verá recebeu do Tupã, em sonho, duas verdades: “através de sua esposa, Jandira, enviarei um grande líder para esta aldeia” e “resolverás o mistério destes desaparecimentos através deste, que será o grande chefe, e se chamará Abaeté”. Esta lenda indígena fala sobre o amor deste grande guerreiro e Iara, a Oxum bela e misteriosa da lagoa escura. A história sobreviveu através das práticas da oralidade mantidas pelas lavadeiras e populares moradores da região do Abaeté, em Salvador (Bahia).

A peça integra o projeto Montacontos da Cia. Gente Falante, que tem 30 anos de trajetória e consiste em apresentar ao público a obra com seu texto degustado na íntegra, pelo contador de histórias e pincelando com intervenções que materializam as belas imagens que o texto incita, com bonecos, teatro de sombras, adereços cênicos ou objetos.  A proposta é de quase fazer surgir de uma confraternização comum entre os Índios um mundo paralelo, para revelar a instigante Lenda do Abaeté e a sereia que vive nas regiões mais profundas, tradições e crenças repassadas por tradição oral de valores inestimáveis e nobres. 

 


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