Clássicos são revisitados nos palcos

Clássicos são revisitados nos palcos

Grupo de Teatro da Univates apresenta “O Rouxinol e a Rosa” e Grupo Maria Cutia, “O Auto da Compadecida”

Vera Pinto

Grupo de Teatro da Univates apresenta “O Rouxinol e a Rosa”, escrita no século XIX por Oscar Wilde para seus filhos

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O Grupo de Teatro da Univates apresenta neste domingo, às 20h, “O Rouxinol e a Rosa” no canal do Teatro Univates no YouTube. Quando veio a pandemia, o grupo estava com três peças em cartaz – “A Filha do Senhor Nebuloso”, “O Rouxinol e a Rosa” e “A História de Nós Dois” e desde o dia 24 de março, o elenco está utilizando a plataforma Google Meet nos ensaios semanais. Com a proposta de levar ao público uma noite de teatro, o coletivo dá sequência em seu projeto inédito, gravando espetáculos de seus mais de 15 anos de história, que serão exibidos de forma on-line sempre no último domingo de cada mês. A direção é assinada por Pablo Capalonga

Pela primeira vez em seu repertório, encena uma contação de história através da atmosfera de uma fábula marcada pela simplicidade, escrita em 1888 por Oscar Wilde para seus filhos. A obra faz parte do livro “Histórias de Fadas” e traz no seu título dois componentes simbólicos: enquanto o pássaro representa o sacrifício em prol do amor, a flor simboliza a ingenuidade e vulnerabilidade da juventude. O escritor construiu nessa história, assim como em outras obras, uma crítica à sociedade burguesa, ao individualismo e ao egoísmo, a partir da temática do amor e da reflexão sobre esse sentimento. Com um final surpreendente, o enredo transmite uma valiosa mensagem de vida, que vale a pena ser encenada para crianças, jovens e adultos, em um momento em que quase tudo se tornou bastante efêmero. 

A partir das 21h30min, pela série Teatro #emcasacomsesc, o Grupo Maria Cutia apresenta sua versão do “Auto da Compadecida”, com direção de Gabriel Vilela.  Os atores Leonardo Rocha e Mariana Arruda fazem uma releitura para tempos de isolamento social do clássico de Ariano Suassuna (1927-2014), trazendo à tona as aventuras picarescas de João Grilo e Chicó. A dupla começa com o enterro e o testamento do cachorro do padeiro e de sua mulher e acaba em uma epopeia milagrosa no sertão, envolvendo o clero, o cangaço, Jesus, Maria e o Diabo. Todo o cenário e as canções, que são executadas ao vivo no espetáculo, também foram adaptados para a encenação. O diretor Gabriel Villela, reconhecido pelo estilo barroco de suas montagens, faz nesta adaptação uma analogia estética entre a cor dos figurinos e a cor da lama do rompimento das barragens de mineradoras em Minas Gerais. Esse traço contemporâneo é uma característica presente ao longo de toda a trama, com classificação livre. O projeto promovido pelo Sesc São Paulo oferece peças quatro vezes por semana – às segundas, quartas, sextas-feiras e domingos – com acesso gratuito e transmissão pelo Youtube @sescsp e Instagram @sescaovivo. 


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