Com as vozes e os sons do Boca Livre na Capital

Com as vozes e os sons do Boca Livre na Capital

Quarteto vocal e instrumental que voltou recentemente se apresenta nesta sexta-feira, 21 de março, às 21h, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre

Correio do Povo

Boca Livre volta a se reunir depois da separação em 2021 e toca em Porto Alegre, nesta sexta, às 21h, no Teatro do Bourbon Country

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O quarteto vocal e instrumental Boca Livre se separou em 2021 e voltou três anos depois para apresenta o passado, o presente e o futuro em show nesta sexta-feira, às 21h, no Teatro do Bourbon Country (Tulio de Rose, 80), em Porto Alegre. Ingressos disponíveis em uhuu.com.

A separação, ocorrida em 2021, causada evidentemente pelas confusões da pandemia e as discordâncias da vida brasileira nos últimos anos, mostrou-se apenas uma pequena interrupção na trajetória de 45 anos do grupo. A velha amizade e principalmente a harmonia - musical em geral e vocal em particular – venceram. Aparentemente conformados, ao contrário dos fãs, com a definitiva separação, David Tygel (voz e viola caipira), Lourenço Baeta (voz, violão e flauta), Maurício Maestro (voz, baixo e violão) e Zé Renato (voz e violão) começaram a receber sinais de que não era bem assim. O primeiro sinal foi no início de 2023, quando o Boca Livre ganhou o Grammy de melhor álbum de pop latino com “Pasieros”, no qual, a convite do compositor, interpretam a obra do panamenho Rubén Blades, disco gravado em 2011, mas lançado somente em 2022, trabalho atualíssimo que o grupo não teve oportunidade sequer de divulgar.

Atrasados por causa de um engarrafamento de limusines em Los Angeles, David Tygel e Zé Renato chegaram à cerimônia de premiação um pouco depois de Lourenço Baeta agradecer num inglês assustado ao prêmio. Juntos, os três ligaram para Mauricio Maestro, que ficara no Brasil. Primeiro reencontro.

O segundo sinal foi a intenção do produtor original dos LPs, João Mário Linhares, de relançar nas plataformas os dois primeiros discos do Boca: “Boca Livre” (1979) e “Bicicleta” (1980). Ou seja, o destino estava a dizer que, sim, o Boca tinha um presente a viver: festejar, badalar, e até quem sabe levar para o palco um disco novo que ganhou o prêmio internacional mais importante da indústria musical. E tinha um passado para cuidar: trazer ao mundo digital o inaugural disco, que lançou o grupo e consagrou clássicos da música brasileira como “Quem tem a Viola”, “Toada”, “Mistérios”, “Diana”, entre muitos outros; e o segundo registro, com outros clássicos, e a participação de ninguém menos do que Tom Jobim em duas faixas (“Correnteza” e “Saci”) e do percussionista Naná Vasconcelos.

“Rio Grande”, música novíssima de Zé Renato e Nando Reis – a primeira de um Boca Livre com um integrante dos Titãs, como se os anos 80 se unissem numa canção – foi percebida como ideal para marcar o retorno do grupo à música. A volta aos shows e um documentário sobre a trajetória do grupo, a ser feito por Susanna Lira completam as muitas ações que parecem querer compensar com sobras os anos de ausência do grupo.

A primeira ação foi no dia 22 de setembro de 2023, com o lançamento, pela gravadora Universal, dos dois primeiros álbuns do grupo nas plataformas de streaming. Revista sua origem, seu passado, um mês depois, o Boca Livre lançou “Rio Grande” pela MPB/Som Livre, a primeira gravação do grupo desde “Viola de bem querer”, de 2019.


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