Com carisma e turnê nova, Pearl Jam faz show enérgico em Porto Alegre

Com carisma e turnê nova, Pearl Jam faz show enérgico em Porto Alegre

Banda reuniu 32 mil pessoas na Arena do Grêmio e apresentou um passeio pela carreira

Júlia Endress

Eddie Vedder esbanjou simpatia e timbre único em show na Capital

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A terceira passagem do Pearl Jam por Porto Alegre - exatamente quatro anos depois do cabalístico 11/11/11 - começou às 21h desta quarta-feira, quando Eddie Vedder e sua trupe entoaram "Pendulum", acompanhados das 32 mil pessoas que foram até a Arena do Grêmio. Como já era esperado, foram três horas de show, com grande parte da área disponível no estádio ocupada, mas não totalmente lotada.

Tanto é que, de acordo com a organização, mil pessoas que aguardavam na fila da pista comum foram liberadas para a premium, que era bem maior do que o normal, perto das 20h, atendendo a um pedido da banda. Coube a quem ficou mais distante um esforço maior para ver o grupo. A distância entre os setores na Arena, por sinal, criou distintas atmosferas no local e cada segmento parecia estar curtindo um show diferente, mas, apesar de gerar uma discussão sobre o uso do espaço para grandes apresentações, isso não prejudicou uma noite que começou e terminou animada.

No palco, todo em tons escuros e ornamentado com luzes que subiam e desciam mudando de cor e ditando o clima das músicas, o Pearl Jam proporcionou mais uma grande celebração ao seu rock na capital gaúcha. O repertório fez um verdadeiro passeio pela trajetória de 25 anos dos norte-americanos, dando atenção especial ao trabalho mais recente, “Lightning Bolt”, lançado em 2013.

• Os registros dos fãs no show na Capital

A primeira interação de Eddie Vedder, que anda esbanjando simpatia por onde passa e atendeu diversos fãs no hotel em que se hospedou na Capital, foi com um “vamos lá”, antes de cantar a música que dá título à turnê e ao novo disco. Logo depois, arriscou um “olá, como vocês estão?”, sendo ovacionado pelo público ao se declarar feliz em estar novamente em Porto Alegre.

“Obrigado por comprarem ingressos. Obrigado por ficarem na fila. Obrigado por serem tão legais. E mais, acima de tudo, obrigado por nos ouvirem e fazerem com que nos sentíssemos em casa em Porto Alegre”, anunciou em um português cheio de sotaque e lendo o papel em que montou um agradecimento especial.

Mas o icônico vocalista não parou por aí. Um tempo depois, saudou um casal que se conheceu no show de quatro anos atrás e agora está prestes a se casar - e explicou tudo isso em português e sob constantes aplausos. “Desejamos a eles sorte”, afirmou, antes de dedicar “I Got Shit” aos dois.

A primeira parte do show teve 18 músicas e a apresentação inteira contemplou um setlist de mais de 30 canções. O primeiro bis começou com o clássico “Last Kiss”, uma surpresa, já que não estava sendo presença constante na turnê pela América do Sul - e que pode muito bem integrar o giro pelo Brasil, que segue agora para São Paulo, e depois ainda passa por Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Durante o hit, Eddie se aproximou do público e empunhou uma bandeira do Brasil.

Enquanto uma garoa insistia em cair sobre o estádio, amenizando o calor dos fãs mais agitados com a performance enérgica, o grupo confirmava que ainda está na mais perfeita sintonia e que é dono de uma técnica impecável, puxada sempre pelo timbre singular do líder. Sempre carismático, Eddie lembrou ainda o show de 2011, que também caiu na data em que sua esposa, Jill, faz aniversário. “Estou triste por ela não estar aqui. Ela é uma mulher incrível e preciso da ajuda de vocês para cantar parabéns a Jill, para ela não achar que sou um babaca”, disse antes de começar o tradicional “Parabéns a Você” em português, ganhando todo a Arena.

Depois de mais um intervalo, o grupo voltou ao palco para um segundo bis. Dessa vez, tudo começou com um longo agradecimento do vocalista, exaltando que o lugar ficou lotado graças à energia do público - algo muito maior do que aconteceu na última vez, segundo ele. Logo, cantou um cover de “Comfortably Numb”, do Pink Floyd.

Os momentos mais especiais vieram a seguir, com o grande sucesso “Black”, que foi recebido por um estádio totalmente iluminado por telas de celular. Ao final, Eddie deitou no chão do palco enquanto a plateia terminava a música. Após se recuperar, ele puxou um novo coro com “Alive”, levando todos ao êxtase e encerrando - ainda que não oficialmente, mas em grande estilo - mais uma apresentação histórica do Pearl Jam por aqui.

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